Menos de 24 horas após ter sua prisão preventiva relaxada em uma audiência de custódia no Fórum Criminal de Rio Branco, João Lucas de Oliveira Barbosa, também conhecido como “Mutante,” de 20 anos de idade, voltou a ser procurado pela justiça. Ele havia sido colocado sob monitoramento por tornozeleira eletrônica. O acusado enfrenta diversas acusações de roubos contra mulheres, totalizando mais de 20 casos.
A notoriedade de João Lucas surgiu na semana passada, quando ele tentou assaltar uma estudante universitária e a agrediu violentamente com uma arma de fogo na rua João XXIII, no bairro Bosque. A vítima resistiu ao criminoso, que fugiu sem conseguir consumar o assalto.
No último sábado, João Lucas estava sendo perseguido por membros de uma facção criminosa no bairro da Cidade Nova, quando policiais militares o abordaram e descobriram um mandado de prisão preventiva pendente contra ele. Ele foi levado para a Delegacia de Combate a Roubos e Extorsões (DCORE), onde foi identificado pela vítima e passou a ser investigado por sua participação em mais de 20 assaltos, sendo identificado em dois deles por meio de imagens de câmeras de segurança.
Na segunda-feira seguinte, João Lucas compareceu ao Fórum Criminal para uma audiência de custódia na Vara de Plantão. Durante a sessão, o Promotor de Justiça solicitou a homologação da prisão preventiva, porém com a aplicação de monitoramento eletrônico. O juiz, em sua decisão, revogou a prisão preventiva com base na alegação de que não havia motivos para sua manutenção, considerando o crime como tentado. O magistrado também levou em consideração que o acusado tinha menos de 21 anos, não possuía antecedentes criminais e que, em caso de condenação, a pena não seria cumprida em regime fechado.
No entanto, na manhã do dia seguinte, terça-feira, João Lucas foi levado à Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC), onde passou por um processo de reconhecimento no inquérito relacionado ao assalto com agressão à mulher da semana anterior. Após o procedimento, ele foi liberado. Mais tarde, no início da tarde, o setor de monitoramento do Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN) descobriu que o acusado já havia rompido a tornozeleira eletrônica, tornando-se novamente um foragido da justiça.