No dia 4 de setembro, uma campanha foi iniciada para ajudar uma comunidade de aproximadamente 50 famílias que foram obrigadas a sair da área de invasão conhecida como Terra Prometida, localizada no bairro Irineu Serra, no Acre. Até o momento, a família não recebeu nenhuma informação relevante que leve à identificação do motorista envolvido em um acidente que aconteceu durante a desocupação da área.
A investigação do acidente está sob a responsabilidade da Delegacia de Polícia Civil do Tucumã. Recentemente, um encontro envolvendo autoridades estaduais, incluindo o secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Alexandre de Carvalho, e o secretário-adjunto de Justiça e Segurança Pública do Acre, coronel Evandro Bezerra, aconteceu para discutir possíveis soluções para a situação das famílias desabrigadas.
O presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) destacou a importância do encontro como uma oportunidade para ouvir o governo e buscar soluções para atender a população da melhor forma possível.
As famílias desabrigadas estão acampadas no hall de entrada da Aleac desde 28 de agosto, após a desapropriação da área no dia 15 de agosto, que resultou na demolição de mais de 100 casas. Elas estão demandando moradias do governo.
Durante a reunião com os deputados, o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos propôs um recadastramento para o Aluguel Social como uma possível solução, mas as famílias recusaram a participação no recadastramento. As famílias expressaram o desejo de obter moradias definitivas em vez de um auxílio temporário.
Laiana Vasques, uma das moradoras afetadas, compartilhou a difícil realidade do acampamento e mencionou que algumas famílias ainda não receberam propostas satisfatórias das autoridades. Ela destacou que o governo ofereceu o cadastro no aluguel social ou a concessão de apenas 25 terrenos, o que é insuficiente para atender todas as famílias desabrigadas.
O governo informou que solicitou o pagamento do primeiro lote do aluguel social para as famílias cadastradas nas terras públicas do Irineu Serra, mas não está negociando a saída das famílias acampadas.
O governo planeja usar a área reintegrada para construir casas populares com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida, e a obra será executada pela Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo (Sehurb). A primeira etapa, que prevê a construção de 234 apartamentos, deve começar no final do ano, com um total de 1,2 mil apartamentos planejados para a localidade.