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Corte de verbas no banco de horas compromete segurança nos presídios do Acre, alertam servidores

A redução de verbas no banco de horas dos policiais penais pode estar colocando em risco a segurança dos presídios no Acre, de acordo com uma denúncia feita por servidores do Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN).

Segundo as informações obtidas pelo ac24horas, em 29 de setembro, foi comunicado aos servidores que os pagamentos referentes ao banco de horas seriam parcelados e que, a partir daquela data, o horário de serviço em alguns setores seria reduzido de 12 para 10 ou 8 horas.

Com a diminuição do efetivo, as guaritas de diversas unidades prisionais em Rio Branco ficaram desguarnecidas, alerta a denúncia. Por exemplo, na Unidade de Regime Fechado Feminina, onde uma tentativa de fuga foi registrada há 15 dias no prédio Alamanda, aproximadamente 120 detentas estariam sem vigilância de guarita.

Um policial penal entrevistado confirmou que as guaritas dos presídios Antônio Amaro e Francisco de Oliveira Conde também foram afetadas pela redução do orçamento, embora não tenha especificado quantas guaritas estão atualmente desocupadas.

O corte no banco de horas ocorreu após a queda nos repasses do Governo Federal para o Fundo de Participação dos Estados (FPE), totalizando cerca de R$ 110 milhões. Isso levou o governo do Acre a decretar medidas de austeridade. Nos bastidores do Iapen, há especulações de que o corte nas verbas está relacionado ao aumento de investimentos na Polícia Civil.

Questionado pelo ac24horas, o Iapen, por meio de sua assessoria, negou as informações fornecidas pelos servidores em entrevistas ao jornal, afirmando que as guaritas estão funcionando normalmente. No entanto, a instituição confirmou que está trabalhando com o corte de banco de horas, mas assegura que está empenhada em manter a segurança nas unidades prisionais do estado, priorizando um fluxo operacional regular.

Com Informações ac24horas