Autoridades policiais da região de Brasiléia e Epitaciolândia receberam denúncias alarmantes de que criminosos associados a grupos delinquentes estavam atuando nas cidades, a bordo de um veículo VW/Gol preto, realizando pichações com as iniciais da facção em residências e muros. Além disso, outros dois indivíduos em uma motocicleta estavam aterrorizando moradores, anunciando assaltos e ameaçando as vítimas com armas de fogo no bairro José Hassem.
Diante dessa situação, uma operação conjunta foi montada com a colaboração de uma equipe do Grupamento de Intervenções Rápidas e Ostensivas (GIRO) e agentes da Polícia Penal para identificar, localizar e deter os suspeitos.
Na noite de sexta-feira, dia 21, as autoridades avistaram um veículo com as características descritas, um VW/Gol, que alegadamente estava envolvido nas pichações na fronteira. Ao perceberem a aproximação das forças policiais, o motorista do veículo teria dito: “perdi, perdi”, mas tentou fugir a pé e foi alcançado e detido. Uma busca no veículo revelou dois frascos de spray usados nas pichações, contendo as siglas das facções criminosas. Além disso, foi identificado como participante de um assalto recente a um estabelecimento comercial, cujas ações foram registradas em vídeo.
Questionado sobre o paradeiro dos suspeitos na motocicleta, o detido afirmou que sabia onde eles se encontravam. Três homens e uma mulher estariam em um apartamento na cidade vizinha de Cobija, no lado boliviano da fronteira, juntamente com as armas usadas em seus crimes.
Com o apoio da Força Especial de Luta Contra o Crime (FELCC), as autoridades cercaram o local e prenderam os dois homens e a mulher. Além disso, foram encontradas duas armas: uma pistola 9mm de fabricação argentina, municiada, e um revólver calibre 38 com a identificação raspada, também municiado.
Todos os detidos foram entregues às autoridades brasileiras na delegacia de Epitaciolândia, juntamente com a motocicleta, o veículo e as armas apreendidas. Segundo o Boletim de Ocorrência, o quarteto era responsável por ameaças, recrutamento de novos membros para a facção e tentativas de homicídio contra membros de grupos rivais na região de fronteira.
Após a confecção do flagrante, os suspeitos serão interrogados pelo delegado plantonista e, em seguida, serão apresentados ao judiciário para as medidas legais cabíveis.