No dia 17 de novembro, os habitantes do Acre celebram uma data marcante em sua história: o Tratado de Petrópolis. Essa celebração destaca um momento crucial que moldou o destino do estado, situado no extremo oeste do Brasil. O Tratado de Petrópolis, assinado em 1903 entre Brasil e Bolívia, é um evento que simboliza a consolidação das fronteiras e a incorporação do Acre ao território brasileiro.
O Tratado de Petrópolis, assinado na cidade serrana do estado do Rio de Janeiro, em 1903, completa exatos 120 anos como um compromisso firmado para pôr fim à sangrenta disputa entre o Brasil e a Bolívia pela posse do que é hoje o Estado do Acre. O acordo anexou o território do Acre ao Brasil, pertencente à Bolívia desde 1750, após as escaramuças na selva sob o comando do gaúcho José Plácido de Castro, comandando um exército de seringueiros recrutados entre os nordestinos trazidos para a exploração dos seringais no território em litígio.
No final do século XIX, a região do Acre era disputada por Brasil e Bolívia devido à riqueza da borracha, um produto altamente valioso naquela época. Essa disputa levou a diversos conflitos armados, como a Revolução Acreana, protagonizada pelos seringueiros locais que buscavam a autonomia da região. O cenário de instabilidade culminou na assinatura do Tratado de Petrópolis.
O Tratado de Petrópolis é um ponto de referência na história do Acre, representando a conquista da autonomia e o estabelecimento de sua identidade como parte integrante do Brasil. A assinatura do tratado permitiu o desenvolvimento econômico da região, impulsionado pela exploração da borracha, e influenciou a demografia e a cultura do estado.