Um incidente de abuso sexual ganhou destaque durante a semana no interior do Acre, quando Miguel Bruno de Melo Ferreira, de 26 anos, se entregou à Delegacia de Polícia Civil. Ele foi acusado de estuprar uma criança de 11 anos com Síndrome do Espectro Autista (TEA) em um banheiro da escola Cívico Militar 15 de Junho, no município de Senador Guiomard, na última segunda-feira, 20.
O delegado de Polícia Civil, Saulo Macedo, revelou que o exame de corpo de delito realizado pela criança no Instituto Médico Legal (IML) confirmou o abuso. O acusado estava com mandado de prisão em aberto e já era considerado foragido da justiça. Após as diligências na delegacia, Miguel foi encaminhado ao presídio Francisco de Oliveira Conde, e o inquérito policial deverá ser concluído na próxima semana.
Saulo destacou que a mãe da criança, ao comparecer na delegacia para prestar boletim de ocorrência, estava visivelmente abalada psicologicamente. Imagens das câmeras de segurança da escola foram fundamentais para as investigações.
No boletim de ocorrência, consta que o menino foi abordado pelo acusado ao sair para comprar pão, sendo levado à quadra de esportes. O delegado explicou que o acusado, que trabalhava como zelador na escola, teria chamado a criança, que tem autismo e outros transtornos mentais, para o banheiro, onde teria ocorrido o estupro.
Vítima em Estado de Choque e Ameaças de Suicídio
A mãe da vítima relatou que o filho está em estado de choque e manifestando pensamentos suicidas após o ocorrido. O garoto detalhou o abuso, inclusive descrevendo características do agressor. A família, no entanto, recusou ajuda psicológica, pois não se sente preparada para lidar com o momento.
A mãe mencionou ainda que há registros de outras possíveis vítimas de abuso sexual cometido por Miguel. Uma filha de 16 anos também prestou depoimento, revelando ter sido abusada na infância, aos 8 anos, na casa do acusado. “Descobrimos que ele abusou de mais duas crianças, contando com minha filha. As famílias das vítimas, que são de Capixaba, estão abaladas”, comentou a matriarca.
O caso destaca a urgência de abordar não apenas a prisão do acusado, mas também o suporte necessário às vítimas e suas famílias, ressaltando a importância do apoio psicológico diante de situações tão delicadas.