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Indígena baleada no interior do Acre é transferida para Rio Branco

Marlene, uma indígena da etnia Kulina, que foi vítima de um disparo no abdômen por um Policial Militar em Santa Rosa do Purus, interior do Acre, foi transferida para Rio Branco na terça-feira, 31, após o incidente ocorrido na segunda-feira, 30.

A Polícia Militar informou que um oficial está na cidade para conduzir os procedimentos de polícia judiciária militar e um delegado da Polícia Civil foi designado para investigar o caso.

Entretanto, apesar das ações das autoridades policiais, não há informações precisas sobre para qual unidade hospitalar de Rio Branco Marlene foi transferida, nem detalhes sobre seu estado de saúde. Tanto o Distrito Sanitário Especial da Saúde Indígena quanto a Funai de Santa Rosa não forneceram informações. A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) também não dispõe de detalhes sobre a mulher transferida para a capital.

Inicialmente, os relatos apontavam que Marlene teria agredido outra indígena com um terçado. Segundo a versão da Polícia Militar, quando os policiais chegaram ao local, Marlene teria avançado com um terçado em direção à guarnição, e um PM teria disparado para contê-la.

Porém, surgiu uma nova versão dos acontecimentos, sugerindo que um homem teria agredido a primeira indígena com um terçado e, ao chegar a PM, Marlene teria se posicionado para defender o homem, sendo baleada no processo.

O comandante da PM de Santa Rosa ainda não prestou declarações sobre o incidente.

Em sua nota oficial, a Polícia Militar declarou que houve um chamado devido a uma briga entre indígenas. Ao chegar ao local, encontraram uma mulher ferida que teria sido agredida por um homem próximo. Segundo o relato, ao tentar capturar o suspeito, a situação escalou quando Marlene, munida de um terçado, se aproximou dos policiais, que alegaram ter usado meios não letais antes de efetuar os disparos, atingindo a indígena no abdômen.

É importante ressaltar que versões conflitantes dos eventos estão surgindo e estão em processo de investigação pelas autoridades competentes. A Polícia Militar ressalta que o disparo foi feito para repelir uma suposta ameaça, porém, a dinâmica exata do incidente está sob escrutínio das investigações em andamento.