As recentes e recorrentes fugas no complexo penitenciário “Francisco D’Oliveira Conde”, especialmente no presídio de segurança máxima “Antônio Amaro Alves”, localizado em Rio Branco (AC), levantaram sérias suspeitas e preocupações na Promotoria das Execuções Penais do Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC). O promotor Tales Tranin, responsável pela Vara das Execuções Penais, está solicitando investigações mais aprofundadas sobre esses incidentes, devido ao alto número de fugas, apesar das medidas de segurança implementadas no local.
Após a mais recente fuga, Tranin oficializou o caso à Procuradoria Geral de Justiça, ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e ao Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O promotor relatou as fugas e demandou uma investigação mais detalhada sobre esses eventos. Embora não tenha feito uma acusação direta, há uma suspeita de possível facilitação das fugas.
Tales Tranin expressou sua preocupação, afirmando: “No presídio, existem medidas de segurança e vigilância, como escolta, câmeras de vigilância, muros e cercas de proteção. Portanto, essas fugas frequentes não têm justificativa”. Ele acrescentou: “É por isso que enviei comunicações para todos os órgãos a fim de esclarecer essas fugas. Elas têm sido mais comuns no pavilhão P e seguem um padrão semelhante.”
Na última fuga, oito detentos escaparam do presídio após abrir um buraco na cela 13 do pavilhão P, sendo que dois foram recapturados imediatamente pelos policiais penais na área externa da unidade prisional. Outros fugitivos foram detidos posteriormente, restando apenas dois foragidos: César Augusto e Cristóvão Silva da Rocha, ambos considerados de alta periculosidade.
A solicitação do promotor visa elucidar os eventos e garantir a segurança, questionando a frequência e as circunstâncias das fugas, particularmente em um ambiente com sistemas de segurança implementados. A investigação visa identificar possíveis falhas ou facilitações que permitiram tais fugas no referido presídio.
informações segundo o ContilNet.