SENA MADUREIRA

Sena Madureira entre os 4 municípios em alerta de seca no Acre; Níveis críticos de rios preocupam autoridades

Foto: Henrique/Yaco News

Nesta terça-feira, 31 de outubro, o Acre mantém sete pontos de monitoramento em estado de alerta máximo devido à seca dos rios, de acordo com os dados divulgados pela Defesa Civil estadual e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). Dentre os municípios em alerta, estão Assis Brasil, Brasiléia, Capixaba, Rio Branco e Sena Madureira, além dos pontos de monitoramento do Ramal Espalha (na região do Seringal Belo Horizonte) e Riozinho do Rola, também na capital, todos registrando níveis abaixo das cotas de alerta e alerta máximo.

O Rio Abunã, em Plácido de Castro, está em situação de alerta, enquanto Feijó é mantido em observação.

Em meados de outubro, após o apelo ao governo federal, o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Barreiros, reconheceu a situação de emergência nos 22 municípios do Acre devido à seca extrema.

Para o ano de 2023, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) prevê um El Niño com uma das ocorrências mais intensas em setenta anos.

Segundo as previsões meteorológicas do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) e dos modelos climáticos, a escassez de chuvas deve persistir nos próximos noventa dias, levando a uma diminuição dos níveis dos rios e ao aumento dos focos de calor. O coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista, ressalta os prejuízos econômicos e sociais à população afetada, destacando a necessidade de atender às necessidades básicas, especialmente diante do risco de prejuízos educacionais e insegurança alimentar em alunos da rede pública estadual nos municípios mais afetados pela seca.

No panorama geral, Sena Madureira é o município mais afetado, com o Rio Iaco registrando apenas 78 centímetros, nove centímetros a menos do que a medição de segunda-feira (30), quando estava em 87 centímetros. Em comparação, a cota de alerta é de 2,20 metros, enquanto o alerta máximo é acionado a partir de 2 metros.

Apesar da situação crítica, o coordenador da Defesa Civil do município, Carlos Dávila, afirma que não há problemas no abastecimento de água e acredita que as chuvas regulares devem começar em breve.

“Apesar da redução em relação a ontem, não estamos enfrentando problemas, não há escassez de água, tudo está dentro da normalidade. A distribuição de água pela Saneacre parece estar mais eficiente agora do que em outros períodos. Em 2018, o Rio Iaco chegou a 46 centímetros”, explicou.

Na capital, Rio Acre mantém-se abaixo de dois metros, marcando 1,44 metro na medição das 6h desta terça-feira (31). Apesar de permanecer em alerta máximo, o nível registrado no final do mês representa um aumento de sete centímetros em relação ao início do mês, quando estava em 1,37 metro.

Em outubro, o Rio Acre atingiu o pico de 1,86 metro na capital, no último dia 19.

Sete pontos de monitoramento estão em alerta máximo no Acre — Foto: Reprodução