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Senador Márcio Bittar sustenta visão sobre mudanças climáticas: atribui a fenômenos de Deus e não causas humanas

Em uma postura contrária à visão predominante na comunidade científica, o senador Márcio Bittar, representante da União-AC, reiterou sua convicção de que as mudanças climáticas não são substancialmente influenciadas pela atividade humana, afirmando que é Deus quem determina tais transformações. Durante sua recente visita ao Vale do Juruá, Bittar criticou a abordagem ideológica na discussão ambiental e fez críticas à ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, acusando-a de não resolver problemas ambientais urbanos no Acre durante sua gestão.

O senador argumentou que o ser humano, ocupando apenas 8% do planeta, não possui a capacidade de alterar o clima global. Contrapondo a narrativa predominante sobre a responsabilidade humana nas mudanças climáticas, Bittar citou cientistas céticos, como o palestrante Luiz Carlos Baldicero Mollion, para sustentar sua posição. Mollion, PhD em Meteorologia, argumentou, em um seminário organizado pelo gabinete de Bittar, que as mudanças climáticas são inerentes à ciclicidade natural da Terra, não sendo provocadas pelo homem.

O senador destacou a importância de não abordar a questão ambiental de maneira ideológica e reiterou que a ação humana não é a única causa dos problemas ambientais. Em suas declarações, Bittar enfatizou que as mudanças climáticas são parte de ciclos naturais do planeta e questionou a eficácia das políticas ambientais implementadas por governos anteriores.

Essa postura cética de Márcio Bittar em relação às mudanças climáticas não é novidade, sendo mantida desde o início de seu mandato em 2019. O senador enfatizou que ações locais, como acender uma fogueira na Amazônia, não têm impacto significativo no clima global, citando estudos que, segundo ele, não comprovam cientificamente a relação direta entre atividade humana e aquecimento global.