O presidente argentino, Javier Milei, anunciou oficialmente a retirada do país do grupo dos BRICS por meio de uma carta enviada aos demais membros: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A decisão foi tomada após a última cúpula do bloco em agosto, onde se decidiu pela expansão incluindo seis novos países, sendo a Argentina um deles.
O ofício, obtido pela CNN, destaca que as diretrizes da política externa de Milei diferem significativamente daquelas estabelecidas pelo ex-presidente peronista Alberto Fernández. Milei esclarece que algumas decisões tomadas pela gestão anterior, como a criação de uma unidade especializada para a participação ativa do país nos BRICS, serão revisadas.
“Sobre esse ponto, gostaria de informar que não se considera oportuna a incorporação da Argentina como membro pleno a partir de 1º de janeiro de 2024”, afirma a carta. No entanto, Milei destaca o compromisso de seu governo em intensificar os laços bilaterais com os países do BRICS, enfatizando o aumento dos fluxos de comércio e investimentos.
Durante a campanha presidencial, Milei e sua equipe já haviam expressado a intenção de não dar continuidade à entrada da Argentina no grupo. A decisão foi oficialmente comunicada aos líderes dos países membros, encerrando a participação argentina no BRICS.
Paralelamente, o presidente Milei enviou uma correspondência à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), comprometendo-se a acelerar os processos necessários para incluir a Argentina no grupo. A OCDE reúne as economias mais avançadas do planeta, e a adesão plena costuma levar de quatro a seis anos, dependendo da incorporação de acordos e regras exigidas pela organização.
Via CNN Brasil.