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Avanço de facções do Peru, Venezuela e Colômbia desafia segurança no Acre

Um recente estudo intitulado “Cartografias da Violência na Amazônia”, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou a preocupante disseminação de facções do crime organizado na região da Amazônia Legal, com ênfase nas consequências para o estado do Acre.

A vasta região da Amazônia Legal, composta por nove estados brasileiros, enfrenta um desafio significativo com a atuação de pelo menos 22 facções do crime organizado. O estudo destaca que a fronteira amazônica, especialmente nos municípios em disputa territorial, tornou-se um ponto estratégico para o controle dos fluxos ilícitos, como o tráfico de drogas, por essas facções.

Dos 772 municípios abrangidos pela Amazônia Legal, 24%, totalizando 178 municípios, já confirmaram a presença de facções criminosas, enquanto 80 estão em disputa territorial, afetando uma população de cerca de 8,3 milhões de pessoas.

O relatório ressalta que a expansão e consolidação dessas facções estão diretamente relacionadas às dinâmicas operacionais do sistema prisional, demonstrando a necessidade de ações coordenadas para enfrentar esse problema crescente.

Dentro da Amazônia Legal, destacam-se facções com alcance nacional, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), além de facções regionais, como a Família do Norte (FDN). Preocupantemente, grupos estrangeiros originários do Peru, Venezuela e Colômbia também integram essa complexa rede do crime organizado, agravando a situação.

As capitais da região, incluindo Rio Branco (AC), enfrentam conflitos entre facções, destacando a necessidade urgente de ações preventivas e estratégias de segurança pública para conter o avanço dessas organizações criminosas na Amazônia.

Por Emely Azevedo, ContilNet.