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Carlos Lyra, ícone da Bossa Nova, falece aos 90 anos no Rio de Janeiro

O renomado cantor e compositor Carlos Lyra, figura fundamental da Bossa Nova e parceiro de artistas como Vinicius de Moraes e Ronaldo Bôscoli, faleceu na madrugada deste sábado (16) no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela família do artista.

Lyra, aos 90 anos, foi internado na quinta-feira (14) no Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca, devido a um quadro de febre. Exames revelaram a presença de uma bactéria, mas a causa exata da morte não foi divulgada.

Autor de clássicos como ‘Coisa mais linda’, ‘Minha namorada’, ‘Primavera’, ‘Sabe você’ e ‘Você e eu’, Carlos Lyra destacou-se como um dos melodistas mais inspirados da música brasileira. Sua carreira inclui não apenas sucessos musicais, mas também um papel fundamental na difusão da cultura brasileira, como um dos fundadores do Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes, em 1961.

Revelado no disco de Sylvia Telles em 1956, Lyra foi um dos compositores do movimento bossa nova. Sua primeira composição lançada, “Menino”, foi interpretada por Telles. Em 1959, lançou seu primeiro álbum, “Bossa nova”, e teve músicas suas gravadas por João Gilberto, como “Maria ninguém” e “Lobo bobo”.

A parceria com Vinicius de Moraes resultou em sucessos marcantes, como “Coisa mais linda” e “Minha namorada”. Lyra também teve participação ativa na esfera social e política, compondo a trilha sonora da peça “A mais valia vai acabar, seu Edgar” (1960).

A trajetória de Carlos Lyra continuou nas décadas seguintes, incluindo álbuns como “Eu & elas” (1972) e “Herói do medo” (1975). Nos anos 1980, participou de regravações de clássicos da bossa nova e colaborou com novos artistas, como Joyce Moreno e Paulo César Pinheiro.

Em 2023, Lyra foi homenageado por grandes nomes da MPB no álbum coletivo “Afeto”. Seu legado permanece como uma contribuição inestimável para a música brasileira.

Informações pelo G1.