Nas últimas eleições no Chile, a proposta de substituir a atual constituição conservadora, originada durante a era da ditadura de Augusto Pinochet, foi rejeitada pela maioria dos votantes. Com 55,76% contrários à mudança e 44,24% favoráveis, a população expressou sua decisão em um segundo plebiscito realizado em pouco mais de um ano.
O presidente Gabriel Boric, em pronunciamento televisionado, destacou que o resultado evidencia uma nação polarizada e dividida. Ele ressaltou que o processo não conseguiu canalizar as aspirações de uma nova constituição escrita de maneira inclusiva.
Boric afirmou que seu governo não buscará uma terceira tentativa de reescrita e concentrará esforços nas reformas previdenciária e tributária. A pressão por uma nova constituição cresceu nos últimos quatro anos, impulsionada por manifestações em 2019 contra a desigualdade.
Esta segunda tentativa de substituição da Constituição de Pinochet foi conduzida por uma assembleia mais inclinada à direita, marcando uma mudança conservadora em relação à versão anterior proposta por um órgão de orientação mais progressista.