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Compra e venda de créditos de carbono: entenda as implicações do PL 2148/15 aprovado pela câmara dos deputados

A Câmara dos Deputados aprovou o PL 2148/15, sinalizando o estabelecimento de regras para o mercado de carbono no Brasil. Confira os principais pontos e impactos desta iniciativa:

  1. Objetivo do PL 2148/15:
    • O projeto propõe limites para as emissões de gases de efeito estufa por empresas.
    • Empresas que excedem esses limites devem compensar suas emissões através da aquisição de títulos, enquanto as que não atingem os limites recebem cotas negociáveis.
  2. Mercado de Carbono:
    • Sistema de negociação que permite empresas comprar ou vender unidades de gases de efeito estufa.
    • Engloba todos os gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global.
  3. Funcionamento do Mercado de Carbono:

    • Empresas que ultrapassam seus limites investem em projetos de redução (reflorestamento, energia renovável, captura de metano).
    • Projetos geram compensações de carbono, convertidas em créditos de carbono.
    • Uma tonelada de CO2 equivale a um crédito de carbono.
  4. Empresas Contempladas no Projeto:
    • Empresas emitindo mais de 10 mil toneladas de CO2e por ano.
    • Limites específicos para aquelas que excedem 25 mil toneladas ao ano.
    • Setor agropecuário permanece fora do mercado regulado.
  5. Multas Previstas:
    • Penalidade de até 3% do faturamento bruto da empresa por descumprimento.
    • Aumento gradual para 4% em casos de reincidência.
    • Limite superior da multa passou de R$ 5 milhões para R$ 20 milhões.
  6. Polêmica na Agropecuária:
    • Setor agrícola e pecuário excluído do mercado regulado, gerando críticas.
    • Ambientalistas discordam, pois agropecuária é responsável por 27% das emissões nacionais.
  7. Impasses na Atuação dos Estados:
    • Estados podem criar mercados de carbono próprios, com administração local.
    • Proprietários decidirão participação no sistema.
  8. Próximos Passos:
    • O projeto será enviado ao Senado para análise.

A proposta visa impactar positivamente as emissões de gases de efeito estufa no Brasil, estabelecendo mecanismos de controle e incentivo à redução. Entretanto, impasses como a exclusão da agropecuária geram debates sobre a abrangência efetiva da legislação. O Senado terá papel crucial na definição do futuro do mercado de carbono no país.

Via G1.