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Ministério Público do Acre vai investigar influenciadores e financiadores do “Jogo do Tigre”

O Ministério Público do Acre (MPAC) abriu inquérito para investigar influenciadores digitais e financiadores do “Jogo do Tigre”, um jogo online que promete rendimentos absurdos. A investigação foi aberta após a repercussão negativa de uma reportagem do Fantástico, da TV Globo, que revelou um esquema milionário envolvendo os influenciadores.

No Acre, há uma série de influenciadores que divulgam o jogo online. É o caso de Sarah Henning, que já publicou ter recebido mais de R$ 20 mil com o jogo. Após a repercussão negativa do Fantástico, Sarah apagou todos os posts dos ganhos que disse ter com o jogo.

Outro influenciador é Arcanjo Slots, que já declarou que já comprou casa, carros, moto e celulares de última geração com os valores do “Jogo do Tigre”.

A influenciadora Luhana Diniz também divulga as plataformas nas redes sociais. Em um post, inclusive, ela oferece “gerenciamento de banca” do jogo online, com dicas de apostas.

A polícia suspeita de ligação do jogo com esquema de pirâmide financeira. Ou seja, pessoas são recrutadas para participar com promessa de retornos elevados, mas poucas, de fato, recebem grandes pagamentos.

Segundo a polícia, os influenciadores ganhavam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil por campanha de sete dias de divulgação da plataforma.

No Acre, há inclusive, grupos de WhatsApp, criados pelos influenciadores que justamente servem para dar dicas sobre horários, métodos e os caminhos para conseguir ganhos extraordinários.

Com esses grupos, os influenciadores divulgam “links” das plataformas dos jogos. Quanto mais acesso e pessoas se cadastrando nesses links, mais ganhos os influenciadores têm.

Os acusados podem ser investigados por crime contra à economia popular, associação criminosa, exploração de loteria sem a autorização legal e lavagem de dinheiro.

O “Jogo do Tigre” é ilegal no Brasil, e tanto quem joga quanto quem oferece o serviço pode ser penalizado.

Com informações do site Contilnet