O estado do Acre, mesmo enfrentando uma seca prolongada em 2023 que resultou em crise hídrica e atrasos nas plantações de milho e soja devido à escassez de chuvas, alcançou um feito significativo ao registrar o menor índice de focos de queimadas dos últimos seis anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Em comparação com o ano anterior, houve uma notável redução de 45% na quantidade de focos de queimadas no estado. Enquanto em 2022 foram registrados 11.840 focos, em 2023 esse número diminuiu para 6.562, marcando o menor volume de ocorrências desde 2018, quando o estado contabilizou 6.626 focos de calor.
Apesar de ser um padrão recorrente nos últimos anos, o município de Feijó manteve sua posição como líder no ranking de focos de calor no Acre, registrando 1.207 ocorrências, o que representa 18,4% do total do estado. Destacam-se também os municípios de Tarauacá (966 focos), Sena Madureira (593), Rio Branco (543) e Cruzeiro do Sul (536), enquanto Senador Guiomard (37) e Plácido de Castro (36) apresentaram os menores números.
A redução nos focos de queimadas coincidiu com uma diminuição nos alertas de desmatamento no mesmo período. Dados do Deter, disponibilizados pela plataforma Terra Brasilis do INPE, mostram uma queda de 585,12 km² em 2022 para 54,53 km² em 2023, no período de 1º de janeiro a 20 de dezembro.
Em outubro do ano passado, o governo do Acre já comemorava uma redução de 71% nos alertas de desmatamento em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados do Deter analisados pelo Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma), órgão vinculado à Secretaria do Meio Ambiente (Sema). Nesse mesmo período, o Acre também registrava uma diminuição de 41% nos focos de queimadas, de acordo com o Cigma, com base nos dados do Banco de Dados do Programa Queimadas (BD Queimadas) do INPE. Esses resultados indicam um esforço efetivo do estado na preservação ambiental e controle das atividades que contribuem para as queimadas e desmatamento.
Via ac24horas.