Recentemente, informações surgiram a respeito das propriedades da família do apresentador Ratinho no estado do Acre, levantando acusações de invasão de terras indígenas. Segundo relatórios, as terras em questão, localizadas em Tarauacá, foram adquiridas junto à Companhia Paranaense de Colonização Agropecuária e Industrial do Acre (Paranacre).
Ratinho, em uma entrevista prévia em um podcast, mencionou sua associação com uma empresa para a venda de créditos de carbono no estado acreano. No entanto, ele afirmou que ainda não recebeu nenhum pagamento, apesar das terras permitirem a extração de madeira dentro da legalidade.
As propriedades em questão estão situadas às margens da BR-364, em uma área marcada por tensões indígenas e disputas com posseiros. Uma das fazendas é vizinha da Terra Indígena (TI) Rio Gregório, onde habitam moradores de sete aldeias das etnias Yawanawá, Kaxinawá e Katukina-Pano.
A família de Ratinho é acusada de invadir terras indígenas, especificamente a TI Kaxinawa da Praia do Carapanã, que foi regularizada em 2001. Segundo relatos, a fazenda em questão, adquirida em 2002, ocupa ilegalmente mais de 13 hectares da área indígena.
Essas acusações foram detalhadas em um dossiê intitulado “Os invasores políticos”, divulgado pelo observatório “De Olho nos Ruralistas”, que analisou dados de imóveis rurais cadastrados e certificados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). As informações foram confrontadas com registros fundiários de 2023, obtidos de várias bases de dados, incluindo o Sistema de Gestão Fundiária (Sigef), o Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) e o Sistema Nacional de Certificação de Imóveis (SNCI).
Essas revelações lançam luz sobre questões de propriedade de terras e conflitos territoriais que persistem em algumas regiões do Brasil, especialmente aquelas onde terras indígenas estão em disputa.
Via Contilnet.