O embaixador francês para direitos LGBTQIA+, Jean-Marc Berthon, encontra-se no Brasil nesta semana com o objetivo de fortalecer os laços entre os dois países e buscar alianças em defesa dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexo e assexuais em organizações internacionais. Berthon destaca a liderança internacional forte do Brasil e destaca a necessidade de cooperação em pautas fundamentais.
Durante sua visita, que se encerra neste sábado (20), Berthon dialogou com a Agência Brasil, expressando sua visão sobre o progresso do Brasil no campo dos direitos LGBTQIA+. Ele elogia as garantias legais já estabelecidas, como a descriminalização da homossexualidade, transidentidade e o reconhecimento do casamento homoafetivo.
O embaixador, nomeado para o cargo inédito de embaixador para os direitos das pessoas LGBT+ em 2022, busca a colaboração do Brasil em nível internacional, principalmente na pauta da descriminalização da homossexualidade, uma vez que cerca de um terço dos países ainda considera a homossexualidade como crime, em alguns casos passível de pena de morte.
Berthon também ressalta a importância da troca de experiências sobre políticas nacionais de combate ao ódio contra a população LGBTQIA+. Apesar dos avanços legais no Brasil, o país enfrenta desafios significativos, sendo o líder mundial em assassinatos de pessoas LGBTQIA+. O embaixador destaca a necessidade de capacitação de agentes públicos, formação de professores e a luta contra o ódio online como estratégias eficazes.
A entrevista com Berthon aborda temas cruciais, incluindo a relevância da descriminalização da homossexualidade, os desafios enfrentados no cenário político atual, e a importância do respeito aos direitos humanos. O embaixador destaca que a forma como uma sociedade trata a comunidade LGBTQIA+ reflete diretamente na saúde democrática do país.
As discussões entre o embaixador francês e autoridades brasileiras têm abordado iniciativas conjuntas em âmbito internacional, troca de expertise em políticas nacionais, capacitação, sensibilização, combate ao ódio na internet, proteção de pessoas trans em situação de rua e proibição das chamadas terapias de conversão.
A continuidade das conversas promete fortalecer os laços entre Brasil e França na defesa dos direitos LGBTQIA+, contribuindo para um diálogo global sobre a importância do respeito e da igualdade.
Via Agência Brasil.