Geral

Inflação do aluguel desacelera em janeiro após seis meses consecutivos de alta

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado como referência para o reajuste dos contratos de aluguel, registrou uma desaceleração em janeiro, marcando 0,07%. Essa variação representa uma reversão da tendência de alta que vinha ocorrendo nos últimos seis meses. Os dados foram divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (30). No acumulado dos últimos 12 meses, o índice apresenta uma deflação de 3,32%, ou seja, uma taxa de inflação negativa. Em dezembro do ano anterior, esse acumulado era de -3,18%.

O resultado de janeiro marca uma mudança de direção no índice, que vinha ganhando força desde julho de 2023, quando registrou -1,93%. Desde então, a inflação do aluguel vinha acelerando consecutivamente até alcançar 0,74% em dezembro do ano passado.

O IGP-M é composto por três categorias de preços: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos custos no atacado; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que calcula a cesta de consumo das famílias; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

No segmento atacadista, o IPA registrou uma variação negativa de 0,09% em janeiro, contribuindo para a desaceleração do IGP-M. Os preços das matérias-primas brutas foram os principais responsáveis por esse resultado, diminuindo de 3,06% para 0,49% entre dezembro e janeiro. Itens como soja em grão, minério de ferro e milho em grão apresentaram reduções em suas taxas de variação.

Já o IPC apresentou uma variação de 0,59% em janeiro, em comparação com 0,14% no mês anterior. O grupo alimentação teve o maior impacto nessa alta, com uma taxa de variação que passou de 0,55% para 1,62% entre dezembro e janeiro, refletindo problemas de oferta típicos da estação.

A variação do INCC permaneceu estável, passando de 0,26% para 0,23%.

O IGP-M é conhecido como inflação do aluguel, pois é comumente utilizado para reajustar anualmente os contratos de moradia. Além disso, serve como indexador em contratos de serviços de empresas, como energia elétrica, telefonia, educação e planos de saúde.

Via Agência Brasil.