Na manhã desta quinta-feira (18), o juiz Daniel Bonfim, da 1° Vara do Tribunal do Júri, indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva apresentado pela defesa do empresário Carmélio da Silva Bezerra. O empresário é apontado como um dos mandantes do assassinato de Gedeon Souza Barros, ex-Plácido de Castro, ocorrido em maio de 2021, no bairro Santa Inês, no Segundo Distrito de Rio Branco.
A solicitação da defesa baseava-se na argumentação de que o acusado não representaria perigo em liberdade, podendo ser submetido a medidas cautelares. Além disso, alegava problemas de saúde do cliente como justificativa para a concessão da prisão domiciliar. No entanto, o Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC) emitiu parecer contrário às medidas propostas pela defesa.
O magistrado, ao analisar o recurso, destacou que não há fatos novos que possam afastar os fundamentos que levaram à prisão preventiva do réu. A decisão ressalta que a medida cautelar foi decretada em virtude da necessidade de preservar a ordem pública, garantir a conveniência da instrução criminal e assegurar a aplicação da lei penal.
Além do empresário Carmélio da Silva Bezerra, a Polícia Civil também deteve o ex-secretário de esportes do município, Liomar de Jesus Mariano, conhecido como “Mazinho”. Este último foi transferido para o Batalhão de Operações Especiais (BOPE).
Após a prisão dos principais suspeitos em dezembro do ano passado, as investigações revelaram que uma dívida de R$ 130 mil, que a vítima tinha com um dos envolvidos, teria motivado o crime. Gedeon devia o dinheiro para Liomar de Jesus Mariano, seu ex-aliado político, que disputou as Eleições de 2020 como candidato a vice na chapa do ex-prefeito.