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Laudo revela causa da morte de jovens em BMW: intoxicação por monóxido de carbono

Um laudo da Polícia Científica, baseado em amostras coletadas da BMW, revelou a causa das mortes dos quatro jovens encontrados sem vida na rodoviária de Balneário Camboriú. Os amigos de Minas Gerais, que planejavam iniciar uma empresa de marketing digital em Florianópolis, foram vítimas de intoxicação por monóxido de carbono devido a alterações no sistema de escapamento do veículo.

De acordo com os peritos, a intoxicação foi causada por quatro modificações na BMW, incluindo a troca do catalisador e do escapamento sem passar por abafadores. Essas alterações resultaram na emissão de monóxido de carbono para o interior do veículo, que estava completamente fechado e com o ar-condicionado ligado, criando uma “atmosfera tóxica dentro do veículo”.

A saturação de monóxido de carbono em três das vítimas estava acima de 50%, e em uma delas, entre 49% e 50%, levando a uma morte lenta do grupo. O laudo identificou um total de 1.000 ppm (partes por milhão) de monóxido de carbono próximo ao ponto de ruptura do motor, indicando uma condição que poderia causar a morte em até duas horas.

O veículo estava parado, sem circulação de ar, potencializando a situação. A informação sobre a causa da morte foi anunciada em coletiva de imprensa em Florianópolis.

O caso chocou o Brasil no primeiro dia do ano, quando os jovens foram encontrados em parada cardiorrespiratória dentro da BMW. A namorada de um dos jovens, Geovana, relatou que o grupo reclamava de enjoo e tontura, optando por ficar dentro do carro até melhorarem, mas foram encontrados sem vida horas depois. A análise prévia indicou um vazamento entre o motor e o painel, possivelmente causando intoxicação por monóxido de carbono. Familiares relataram modificações recentes no escapamento do carro.