O percurso até essa decisão foi repleto de reviravoltas. O grupo de Alan Rick, a princípio, não via com bons olhos a candidatura de Bocalom, chegando até a lançar a pré-candidatura do deputado federal Cel. Ulisses. Diante da falta de interesse deste último, o União Brasil encontrou-se em uma encruzilhada, alimentando especulações e assédios de outros partidos.
As tentativas de diálogo com Marcus Alexandre foram minadas pela oposição de figuras como Márcio Bittar, Cel. Ulisses e Roberto Duarte, afastando a possibilidade de uma aliança que fortaleceria o União Brasil para as eleições vindouras.
A guinada aconteceu com a atuação do Senador Márcio Bittar, que buscou trazer o prefeito Bocalom para o União Brasil, marcando sua filiação com a presença de Jair Bolsonaro. Já se delineava uma chapa para o Senado em 2026, com Bittar e Bocalom, restando apenas a definição do candidato ao governo.
No entanto, a revelação precoce da aliança entre Alan Rick, Bittar e Bocalom causou desconforto nos bastidores, especialmente entre os aliados do governador Gladson Cameli e do Progressistas. Para contornar a situação, representantes de Alan Rick improvisaram, sugerindo que o senador estaria trabalhando para que Alysson Bestene fosse o vice de Bocalom, numa coalizão envolvendo partidos de extrema direita.
Os detalhes dessa suposta aliança envolvem cargos estratégicos, como a Secretaria de Ação Social e 60 cargos comissionados na Prefeitura de Rio Branco. A estratégia de Alan Rick parece ser a de conciliar o apoio a Bocalom, a preservação de cargos do União Brasil no governo e a conquista de espaços na prefeitura.
Entretanto, a situação tomou um rumo imprevisível com a declaração do prefeito Bocalom de que a Prefeitura estava realizando tarefas que seriam de responsabilidade do Estado. Isso desencadeou uma guerra declarada entre Prefeitura e Estado, com Alan Rick no meio, ávido por influência em ambas as esferas de poder.
O governador Gladson Cameli, por sua vez, deixou claro que a candidatura de Alysson Bestene à Prefeitura é inegociável, ameaçando exonerar aqueles que não apoiarem a decisão. A pergunta que fica é se o governo terá a coragem de exonerar os indicados de Alan Rick.
Diante desse complexo cenário político, resta aguardar os próximos capítulos dessa intrigante novela, onde as alianças se entrelaçam e os interesses pessoais se chocam em busca do poder.