Nos últimos 10 anos, o estado do Acre enfrentou graves consequências dos fenômenos climáticos, com destaque para as cheias dos rios, resultando na devastação de 68.709 unidades habitacionais. Segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), esse cenário também levou ao deslocamento de 120.372 pessoas devido a alagações, deslizamentos de terra e enxurradas.
A análise realizada pela CNM revela que, no período de 2013 a 2022, mais de 2 milhões de moradias em todo o Brasil foram danificadas ou destruídas em eventos climáticos extremos, acarretando um prejuízo total estimado em R$ 26 bilhões. Isso impactou cerca de 78% dos municípios do país, deslocando mais de 4,2 milhões de pessoas de suas residências.
A CNM ressalta a preocupação com os municípios mais vulneráveis, destacando que 1.580 deles são considerados prioritários em ações de Defesa Civil, Planejamento Urbano e Habitação devido à suscetibilidade a desastres naturais. No entanto, apenas 70% desses municípios possuem plano diretor, e nem todos apresentam ações de prevenção detalhadas.
Um ponto alarmante é o agravamento dos prejuízos devido aos cortes no orçamento federal para ações de planejamento urbano, habitação e proteção e defesa. Embora apenas 729 prefeituras tenham elaborado planos de redução de risco, há uma maior quantidade de municípios que declararam ter mecanismos para evitar ocupações em áreas suscetíveis a enchentes, inundações e deslizamentos de encostas.
Entretanto, apenas 9% dos municípios brasileiros, o equivalente a 497, implementaram efetivamente esses mecanismos preventivos. É crucial ressaltar que as ocorrências de desastres naturais em áreas urbanas, como enchentes, inundações e deslizamentos, afetam significativamente a grande maioria dos municípios do país, requerendo uma ação coordenada e investimentos em medidas de prevenção e mitigação.
Informações via ac24horas.