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Operações policiais no Rio de Janeiro deixam 22 mil estudantes sem aula

No decorrer desta terça-feira (27), as polícias Militar e Civil realizaram uma série de operações em comunidades em diversas regiões da cidade do Rio de Janeiro. Como resultado, sete suspeitos foram mortos e dois policiais militares ficaram feridos. Essas ações, destinadas a coibir a atuação do crime organizado, afetaram mais de 22 mil estudantes, além de terem impactado a circulação de linhas de ônibus e interrompido o funcionamento de unidades de saúde.

Segundo informações da Secretaria de Polícia Militar, as operações concentraram-se nos conjuntos de comunidades do Alemão e da Penha, ambas na zona norte da cidade, visando prender líderes de quadrilhas do crime organizado que atuam na região, desencadeando conflitos armados e tentativas de expansão territorial na cidade e no interior do estado.

Na Nova Brasília, interior do Complexo do Alemão, criminosos armados atiraram contra o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), resultando em confronto. Três suspeitos foram atingidos, três fuzis, oito carregadores de fuzis, três rádios comunicadores e diversas munições foram apreendidos.

No Complexo da Penha, um policial do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) foi ferido no braço e levado para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM). Seu estado de saúde é estável. Outro policial do 3º BPM (Méier) foi ferido por estilhaços durante as operações, sendo socorrido no Hospital Municipal Salgado Filho e também está estável.

Além disso, na Avenida Brás de Pina, próximo ao Complexo da Penha, criminosos armados dentro de um carro atiraram contra policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Vila Cruzeiro. Houve troca de tiros e os criminosos fugiram a pé, deixando para trás 31 tabletes de maconha prensada e uma pistola calibre 9 mm.

As ações da Polícia Militar também visam grupos criminosos em outras comunidades próximas, como Flexal (Inhaúma), Engenho da Rainha, Juramentinho, Ipase (Vicente de Carvalho), Guaporé, Tinta e Quitungo (Brás de Pina e Cordovil), onde dois adolescentes foram apreendidos.

Na Comunidade da Flexal, quatro criminosos foram atingidos em confronto e três deles morreram.

Participaram das operações equipes do Comando de Operações Especiais (COE), unidades dos 1º e 2º Comandos de Policiamento de Área (CPAs) e da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP).

Zona Oeste

Equipes do 18º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Jacarepaguá, também realizaram operações na Cidade de Deus, comunidade da zona oeste, com o objetivo de cercar uma ramificação da mesma quadrilha da zona norte. Criminosos colocaram fogo em barricadas e jogaram óleo nas ruas para dificultar a entrada dos agentes.

Confronto em São João de Meriti

Na madrugada desta terça-feira, agentes do 21º BPM, de São João de Meriti, entraram em confronto com criminosos armados que saíam do Complexo da Penha em direção à Comunidade do Trio de Ouro, no município de São João de Meriti. Quatro ocupantes de um veículo foram mortos, e com eles foram apreendidos dois fuzis calibre 7.62, quatro carregadores, dois rádios comunicadores e uma capa de colete balístico, além do carro roubado.

Megaoperação no Complexo da Maré

Policiais civis do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizam uma megaoperação no Complexo da Maré, zona norte do Rio, para reprimir roubos de veículos praticados por traficantes do Comando Vermelho.

“Aquela região é uma das maiores responsáveis por roubo de veículos ocorridos em todo o estado”, disse o delegado Henrique Damasceno, diretor do DGPE.

Impacto na Educação e Saúde

As operações afetaram 24 unidades escolares na região do Complexo da Maré, 16 escolas na Penha, 20 unidades no Alemão, entre outras comunidades. Além disso, clínicas de saúde interromperam o funcionamento em várias localidades. O transporte público também foi afetado, com atraso na saída das linhas de ônibus.

Via Agência Brasil.