Produtos e alimentos cultivados sem aditivos químicos e sem causar danos ao meio ambiente, expostos na conferência Green Rio - Rio Orgânico 2014, no Jardim Botânico (Fernando Frazão/Agência Brasil)
A adoção de hábitos de consumo consciente e práticas sustentáveis está se tornando cada vez mais comum entre os brasileiros, de acordo com uma pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo revelou que 81% dos entrevistados adotam hábitos sustentáveis sempre ou na maioria das vezes, um aumento em relação aos 74% registrados em 2022.
Nos últimos seis meses, 73% dos cidadãos evitaram desperdício de água sempre, enquanto 17% o fizeram na maioria das vezes, totalizando 90%. Além disso, 52% afirmaram reutilizar água sempre e 22% na maioria das vezes, somando 74% do total. No que diz respeito ao desperdício de energia, 69% evitaram sempre e 20% na maioria das vezes, representando 89% dos entrevistados.
Davi Bomtempo, gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, destaca que variáveis como preço desempenham um papel importante na escolha de produtos sustentáveis, como alimentos orgânicos ou que preservam o bem-estar animal. Ele ressalta que, embora esses produtos ainda sejam mais caros que os tradicionais, há uma disposição crescente em pagar um pouco mais por eles devido aos benefícios que trazem.
A pesquisa também revela que 33% dos entrevistados compram produtos que preservam o bem-estar animal apenas se o preço for igual; 22% o fazem apenas se o preço for um pouco mais caro e 21% compram mesmo se for muito mais caro.
Além disso, 62% dos entrevistados enfrentam dificuldades ao buscar produtos sustentáveis nas lojas, sendo os principais obstáculos a ausência de campanhas de conscientização (19%), hábitos ruins (15%) e falta de conhecimento (15%).
Bomtempo acredita que os resultados da pesquisa terão reflexos positivos no setor industrial, mostrando que a sustentabilidade está cada vez mais presente, tanto em nível nacional quanto internacional.
O estudo ouviu 2.021 cidadãos brasileiros, com idade a partir de 16 anos, em todas as unidades da Federação, e foi conduzido pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem, da FSB Holding.
Fonte: Brasil 61 – link