POLITICA

Petistas defendem posicionamento de Lula e pedem firmeza em relação a críticas a Israel

Após as declarações polêmicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o conflito na Faixa de Gaza, membros do Partido dos Trabalhadores (PT) demonstraram apoio e solicitaram que Lula mantenha sua postura em relação ao tema.

Nos bastidores, líderes petistas minimizaram a comparação feita por Lula entre Israel e o Holocausto nazista e destacaram a importância de o presidente manter sua posição crítica sobre o conflito.

“Embora Lula tenha sido enfático, suas palavras foram necessárias para buscar uma solução para essa guerra”, afirmou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) à CNN. “O Brasil não pode ficar passivo diante desse conflito e precisa se posicionar claramente para buscar o fim dessa violência.”

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já havia endossado as declarações de Lula, destacando que suas críticas estavam direcionadas ao governo de extrema-direita de Israel e não ao povo judeu.

“Nada é tão cruel quanto o sofrimento do povo palestino, vítima de uma política de extermínio baseada no preconceito e no ódio”, afirmou Gleisi. “O governo de extrema-direita de Israel está isolando o país internacionalmente e merece repúdio da comunidade global.”

Atualmente, o PT não planeja emitir uma resolução institucional sobre o assunto, mas não descarta essa possibilidade no futuro, dependendo dos desdobramentos. A expectativa dentro do partido é que Lula não recue em suas declarações, e a comparação entre a ofensiva israelense e o Holocausto foi considerada como uma “polêmica necessária” nos bastidores do PT.

Aliados do presidente também saíram em sua defesa, como o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, que criticou o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e defendeu as posições de Lula em prol da paz e da solidariedade entre os povos.

Por enquanto, não há indícios de que Lula tenha intenção de recuar em suas declarações, e o debate sobre o conflito entre Israel e Palestina continua a gerar repercussões tanto no Brasil quanto internacionalmente.