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Presidente Lula propõe parceria com países africanos para combate ao desmatamento

Em um discurso proferido na 37ª Cúpula da União Africana do Brasil, realizada em Adis Abeba, Etiópia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs uma série de iniciativas conjuntas para a proteção das florestas tropicais. Entre as propostas, destacou-se a criação de uma rede de satélites para monitorar o desmatamento e a recuperação de áreas degradadas.

Lula reafirmou o compromisso do Brasil em promover uma governança efetiva e multilateral em áreas como inteligência artificial, levando em consideração os interesses do Sul Global. Ele destacou a importância do combate à fome, a promoção da soberania em saúde e o enfrentamento de doenças tropicais negligenciadas, com o objetivo de ampliar o acesso a medicamentos e evitar um “apartheid” de vacinas, como o ocorrido durante a pandemia de covid-19.

O presidente ressaltou a necessidade de criar uma nova governança global capaz de enfrentar os desafios atuais. Ele também enfatizou a importância de proteger as duas maiores florestas tropicais do mundo, a Amazônica e a do Congo, e criticou a insuficiência dos instrumentos internacionais existentes para recompensar adequadamente a proteção das florestas.

Lula celebrou a inclusão da União Africana como membro pleno do G20 e defendeu a inclusão de mais países africanos. Ele expressou o compromisso do Brasil em colaborar com a África em várias áreas, incluindo educação, saúde, meio ambiente e ciência e tecnologia.

Em relação às crises internacionais, Lula defendeu uma solução duradoura para o conflito Israel-Palestina, com a criação de um Estado palestino reconhecido pelas Nações Unidas. Ele também destacou a necessidade de reformas na ONU para garantir uma representação mais equitativa, incluindo países da África e América Latina no Conselho de Segurança.

O presidente condenou os ataques do Hamas contra civis israelenses e a resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza. Ele enfatizou que a solução para essa crise só será duradoura com a criação de um Estado palestino reconhecido como membro pleno das Nações Unidas.

Via Agência Brasil.