Cidades

Programa de erradicação de 14 doenças prioriza quatro cidades no Acre

O Brasil está liderando um esforço inédito para eliminar ou reduzir 14 doenças e infecções que afetam de forma mais intensa as populações em situação de vulnerabilidade social. O programa “Brasil Saudável”, lançado pelo governo federal, busca esse objetivo, alinhando-se às metas globais da Organização das Nações Unidas (ONU) e à iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a eliminação de doenças.

Uma das estratégias-chave é priorizar 175 cidades que possuem altas cargas de duas ou mais dessas doenças, incluindo quatro municípios no Acre: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo e Rio Branco. Essas cidades serão alvo de intervenções específicas para combater as doenças e infecções determinadas socialmente.

Entre as doenças visadas estão a malária, doença de Chagas, tracoma, filariose linfática, esquistossomose, oncocercose, geo-helmintíase, além de cinco infecções transmitidas verticalmente, como sífilis, hepatite B, doença de Chagas, HIV e HTLV. O programa também visa cumprir as metas da OMS para diagnóstico, tratamento e redução da transmissão de tuberculose, hanseníase, hepatites virais e HIV/AIDS.

Essa iniciativa surgiu do Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente (CIEDDS), criado em 2023, demonstrando o compromisso do governo brasileiro em lidar com doenças perpetuadas pela pobreza e desigualdades sociais. O programa não se limita apenas ao acesso ao tratamento, mas busca abordagens intersetoriais para promover equidade em saúde e reduzir iniquidades.

Para alcançar esses objetivos, o Ministério da Saúde e outros 13 ministérios do governo federal trabalharão em várias frentes, incluindo enfrentamento à fome e à pobreza, ampliação dos direitos humanos e proteção social, qualificação de trabalhadores e incentivo à inovação científica e tecnológica para diagnóstico e tratamento.

O Brasil Saudável será coordenado pelo Ministério da Saúde, em colaboração com outros ministérios e parcerias com movimentos sociais e organizações da sociedade civil. O objetivo é reduzir o risco de adoecimento nos grupos mais vulneráveis e garantir que aqueles afetados pelas doenças recebam tratamento adequado, resultando em menos custos e melhores resultados na saúde pública.