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Acadêmica é indiciada por racismo após postagens antissemitas

Maria Janaína Botelho Corrêa, presidente da Academia Friburguense de Letras (AFL) e professora na região serrana do Rio de Janeiro, está sob investigação por intolerância religiosa, preconceito e racismo. A Polícia Civil do Rio de Janeiro analisou postagens feitas por Botelho nas redes sociais, nas quais ela atacava a comunidade judaica.

Em uma das publicações, datada de 4 de janeiro, Janaína declarou, em resposta a um jornalista, “Está na hora do olho por olho, dente por dente e fazer assassinatos seletivos de judeus sionistas”. Outras postagens feitas entre janeiro e fevereiro deste ano incluem declarações como “Eu também sou antissemita. E daí?” e referências aos judeus como “canalhas”.

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância do Rio de Janeiro (Decradi), após analisar o conteúdo, ouviu a acusada e uma testemunha, resultando no indiciamento de Botelho. O relatório final foi encaminhado ao Ministério Público do estado.

Segundo a delegada Rita Salim, há evidências de que as mensagens foram feitas pela própria investigada em sua rede social. Botelho confirmou à polícia que fez as publicações e manifestou arrependimento por algumas delas.

 

“O teor das postagens possui claramente conteúdo discriminatório ofensivo à comunidade judaica, bem como a veiculação de um discurso de ódio que pode ser integralmente combatido, sob pena de ser propagada a incitação ao racismo”, explicou a delegada.

A prática de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional é crime segundo a legislação brasileira, com pena prevista de um a três anos de prisão, além de multa.

Maria Janaína Botelho é historiadora, escritora, jornalista, professora universitária e poetisa, conforme o site da Academia Friburguense de Letras. Ela assumiu a presidência da AFL em 2022.

A CNN entrou em contato com a acusada e a AFL, aguardando posicionamento sobre o caso.

Via CNN Brasil.