O Centro de Operações de Bombeiros Militar do Acre (Cobom) divulgou dados alarmantes nesta quinta-feira, 7 de março, em uma reportagem veiculada pela TV Gazeta. Nos quase três meses transcorridos em 2024, foram registradas 12 mortes por afogamento na região.
De acordo com o órgão militar, foram recebidas 50 chamadas de ocorrências relacionadas a afogamentos, além de 30 atendimentos por mergulho envolvendo afogamentos, naufrágios e busca de bens materiais das vítimas.
O capitão Alexandre Veras, do Corpo de Bombeiros, explicou as fases críticas do afogamento das vítimas, destacando a fase da angústia, na qual a pessoa, aparentemente tranquila na água, de repente se vê em uma condição de perigo iminente. Veras ressaltou que nessa fase, a vítima perde significativamente a capacidade de resistência e técnica para lidar com a situação.
A temporada de cheias no Acre é apontada como um fator contribuinte para o aumento dos acidentes com embarcações e afogamentos. Muitas vezes, pessoas arriscam suas vidas em busca de diversão, desconsiderando os perigos reais das águas turbulentas.
Além disso, a falta de cuidados básicos também é um fator preponderante nos acidentes durante a cheia. A ausência do uso de coletes salva-vidas, a prática de navegação noturna e o desconhecimento dos trechos navegáveis são citados como principais causas dos incidentes.