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Boletim sobre enchentes – 11 de março

A vice-governadora do Acre, Mailza Assis, reiterou o apoio do governo às quase 60 mil vítimas das enchentes no Vale do Juruá. A gestora visitou Cruzeiro do Sul, onde cerca de 20 mil pessoas foram diretamente afetadas pelo maior desastre ambiental da história do estado.

Acompanhada pelo prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, pelo presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Luiz Gonzaga, pelo deputado federal Zezinho Barbary e vereadores locais, a chefe de Estado destacou todo o empenho da gestão estadual em mitigar o sofrimento das vítimas das enchentes.

O Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) tem desempenhado um papel fundamental no auxílio às famílias afetadas pelas alagações. A instituição mobilizou recursos e equipamentos para realizar mais de 1.500 resgates e prestar assistência aos moradores afetados. As principais ocorrências registradas pelo CBMAC incluem a retirada de famílias das áreas afetadas, encaminhando-as para abrigos ou casas de parentes.

Uma equipe multidisciplinar da Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), acompanhada pela coordenadora do Organismo de Políticas Públicas para Mulheres (OPM) do município, Janete Cameli, esteve no sábado, 9, na Escola Messias Rodrigues de Souza, local que serve de abrigo para as famílias afetadas pelas enchentes no estado.

Durante a visita, foram abordados os diversos tipos de violência contra as mulheres e a importância de denunciar, em uma roda de conversa com as mulheres abrigadas. Além disso, a equipe distribuiu materiais informativos e ofereceu atendimento psicológico e orientações jurídicas às abrigadas.

No sábado, 9, uma ação da Cozinha Solidária Marielle Franco, com apoio dos governos estadual e federal, além do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), entregou 500 marmitas e água mineral aos afetados pela cheia do Rio Acre no bairro Taquari, em Rio Branco. Além das marmitas, o Movimento por uma Universidade Popular (MUP) também distribuiu roupas.

O Rio Acre está abaixo da cota de transbordamento (14m) e, na manhã desta segunda-feira, 11 de março, registrou 13,80 metros na capital.

Atualização das bacias acreanas

Com base na atualização do nível dos rios do Acre das 18h de domingo, 10, na Bacia do Rio Acre o nível do rio está abaixo da cota de transbordamento nos municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e Capixaba. Nos municípios de Rio Branco e Porto Acre, apesar de já apresentarem sinais de vazante, os rios ainda estão em cota de transbordamento.

Na Bacia do Purus, Sena Madureira e Manoel Urbano estão abaixo da cota de transbordamento. Já na Bacia do Juruá, o município de Cruzeiro do Sul encontra-se em cota de transbordamento e Porto Walter e Marechal Thaumaturgo estão abaixo da cota.

No município de Plácido de Castro, o Rio Abunã encontra-se na cota de alerta. Na Bacia Tarauacá-Envirá, o nível do rio está abaixo da cota de transbordamento em Feijó e Tarauacá.

Você pode acompanhar o nível dos rios do Acre nas redes sociais do governo do Acre e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Pessoas afetadas pela cheia dos rios

O Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) informa que os dados não sofreram alterações. Assim, com base nos dados de ocorrências disponibilizados pelo CBMAC, nas 14 cidades mais críticas, há 110 abrigos públicos atendendo 10.410 pessoas desabrigadas. Ainda há 18.542 pessoas desalojadas, que encontraram refúgio em casas de familiares ou amigos. Além disso, em Cruzeiro do Sul, 19.694 pessoas foram atingidas pela cheia do Rio Juruá.

Confira os números por cidade

Rio Branco

  • Pessoas desabrigadas: 2.242
  • Pessoas desalojadas: 1.919
  • Número de bairros atingidos: 51
  • Abrigos: 13
  • Igarapés: 6

Cruzeiro do Sul

  • Famílias desalojadas: 39
  • Famílias desabrigadas: 93
  • Famílias atingidas: 4.991
  • Número de bairros atingidos: 12
  • Abrigos públicos: 11
  • Abrigos: 13

Feijó

  • Pessoas desabrigadas: 57
  • Pessoas desalojadas: 78
  • Abrigos públicos: 2
  • Bairros atingidos: 4
  • Zona rural: Famílias desalojadas 628, Pessoas desalojadas 2.653

Plácido de Castro

  • Pessoas desabrigadas: 232
  • Pessoas desalojadas: 1.500
  • Número de bairros atingidos: 13
  • Abrigos: 2

Xapuri

  • Pessoas desabrigadas: 476
  • Pessoas desalojadas: 2.092
  • Número de bairros atingidos: 6
  • Abrigos: 7

Tarauacá

  • Pessoas desabrigadas: 486
  • Pessoas desalojadas: 2.500
  • Número de bairros atingidos: 8
  • Abrigos: 5

Assis Brasil

  • Pessoas desabrigadas: 340
  • Pessoas desalojadas: 125
  • Número de bairros atingidos: 4
  • Abrigos: 4

Jordão

  • Pessoas desabrigadas: 1.706
  • Pessoas desalojadas: 2.061
  • Número de bairros atingidos: 4
  • Abrigos: 7

Sena Madureira

  • Pessoas desabrigadas: 603
  • Pessoas desalojadas: 370
  • Número de bairros atingidos: 15
  • Abrigos: 12

Epitaciolândia

  • Pessoas desabrigadas: 1.754
  • Pessoas desalojadas: 2.150
  • Número de bairros atingidos: 6
  • Zona rural: 6 comunidades
  • Abrigos: 10

Santa Rosa do Purus

  • Pessoas desabrigadas: 521
  • Pessoas desalojadas: 1.816
  • Número de bairros atingidos: 2
  • Igarapés: 1
  • Abrigos: 6

Brasileia

  • Pessoas desabrigadas: 1.276
  • Pessoas desalojadas: 2.220
  • Número de bairros atingidos: 12
  • Abrigos: 16

Marechal Thaumaturgo

  • Pessoas desabrigadas: 192
  • Pessoas desalojadas: 2.110
  • Número de bairros atingidos: 3
  • Comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas atingidas: 119
  • Abrigos: 5

Manoel Urbano

  • Pessoas desabrigadas: 696
  • Pessoas desalojadas: 236
  • Número de bairros atingidos: 2
  • Igarapés: 1
  • Abrigos: 4

Porto Walter

  • Pessoas desabrigadas: 155
  • Pessoas desalojadas: 920
  • Número de bairros atingidos: 5
  • Abrigos: 8

Segurança do Estado orienta atingidos pela enchente

Em todo o Acre, dois números telefônicos garantem contato direto dos atingidos pela enchente com as autoridades estaduais: 190, da Polícia Militar, e 193, do Corpo de Bombeiros. Por meio dos canais controlados pelo Centro Integrado de Comando e Controle Estadual (Cicce), a população pode registrar ocorrências e solicitar atendimento de urgência e emergência.

Há um efetivo empenhado (Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e secretarias de Estado) para atender as famílias necessitadas.

Obs: Os números podem sofrer alterações de acordo com o horário de divulgação deste boletim.

Confira o relatório direto no site do Corpo de Bombeiros.

Todos os dados são concentrados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) por meio do Cigma, onde funciona a sala de situações e monitoramento ambiental.

Cuidado com a rede elétrica

Para prevenir acidentes, a concessionária de energia elétrica Energisa orienta os clientes afetados pela cheia a não tentar consertar eventual falta de energia. Se a casa for atingida pela água da enchente, deve-se desligar o disjuntor de energia (chave-geral).

A empresa atua sempre em parceria com a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros para avaliar ou realizar o desligamento da energia por motivo de segurança das equipes que estão atuando no resgate das famílias atingidas pelas águas.

A Energisa reforça que, ao identificar algum perigo com a rede elétrica, o cliente deve entrar em contato pelos canais de atendimento: aplicativo Energisa ON, Gisa (www.gisa.energisa.com.br) ou call center 0800-647-7196.

Via Agência de Notícias do Acre.