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Boletim sobre enchentes no Acre – 10 de março: situação, assistência e segurança

O governo federal reconheceu a situação de emergência em mais duas cidades do Acre, Manuel Urbano e Rodrigues Alves, devido às cheias dos rios. Essa medida se soma aos esforços já em curso pelo governo estadual para prover assistência às famílias afetadas. Equipes estão mobilizadas em todas as regiões, envolvendo todas as secretarias e órgãos de Proteção e Defesa Civil. Nos últimos 15 dias, quase 69 toneladas de cestas básicas foram entregues para atender às necessidades da população.

O programa governamental “Juntos pelo Acre” chegou a Sena Madureira, onde mais de 900 famílias permanecem em abrigos municipais. Na última sexta-feira, 200 cestas básicas, 200 kits de limpeza e 70 fardos de água mineral foram distribuídos na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social. Em Rio Branco, o centro de distribuição continua operando no espaço O Casarão, beneficiando até o momento 1.870 pessoas.

Apesar de sinais de vazante, o Rio Acre ainda se mantém acima da cota de transbordo (14m), atingindo 15,05 metros na capital. A Secretaria do Meio Ambiente está monitorando e mapeando os impactos ambientais, incluindo a qualidade da água, em áreas afetadas como Brasileia.

De acordo com a última atualização, algumas bacias apresentam níveis abaixo da cota de transbordamento, mas cidades como Rio Branco e Porto Acre continuam em situação crítica. Em termos de impacto humano, milhares de pessoas estão desabrigadas e desalojadas, especialmente em áreas como Cruzeiro do Sul e Feijó.

Veja os números por cidade:

Rio Branco

  • Pessoas desabrigadas: 2.242
  • Pessoas desalojadas: 1.919
  • Nº de bairros atingidos: 51
  • Abrigos: 13
  • Igarapés: 6

Cruzeiro do Sul

  • Famílias desalojadas: 39
  • Família desabrigadas: 93
  • Famílias atingidas: 4.991
  • Nº de bairros atingidos: 12
  • Abrigos públicos: 11
  • Abrigos: 13

Feijó

  • Pessoas desabrigadas: 57
  • Pessoas desalojadas: 78
  • Abrigos públicos: 2
  • Bairros atingidos: 4

Zona rural

  • Famílias desalojadas 628
  • Pessoas desalojadas 2653

Plácido de Castro

  • Pessoas desabrigadas: 232
  • Pessoas desalojadas: 1.500
  • Nº de bairros atingidos: 13
  • Abrigos: 2

Xapuri

  • Pessoas desabrigadas: 476
  • Pessoas desalojadas: 2092
  • Nº de bairros atingidos: 6
  • Abrigos: 7

Tarauacá

  • Pessoas desabrigadas: 486
  • Pessoas desalojadas: 2.500
  • Nº de bairros atingidos: 8
  • Abrigos: 5

Assis Brasil

  • Pessoas desabrigadas: 340
  • Pessoas desalojadas: 125
  • Nº de bairros atingidos: 4
  • Abrigos: 4

Jordão

  • Pessoas desabrigadas: 1.706
  • Pessoas desalojadas: 2.061
  • Nº de bairros atingidos: 4
  • Abrigos: 7

Sena Madureira

  • Pessoas desabrigadas: 603
  • Pessoas desalojadas: 370
  • Nº de bairros atingidos: 15
  • Abrigos: 12

Epitaciolândia

  • Pessoas desabrigadas: 1.754
  • Pessoas desalojadas: 2.150
  • Nº de bairros atingidos: 6
  • Zona rural: 6 comunidades
  • Abrigos: 10

Santa Rosa do Purus

  • Pessoas desabrigadas: 521
  • Pessoas desalojadas: 1816
  • Nº de bairros atingidos: 2
  • Igarapés: 1
  • Abrigos: 6

Brasileia

  • Pessoas desabrigadas: 1.276
  • Pessoas desalojadas: 2.220
  • Nº de bairros atingidos: 12
  • Abrigos: 16

Marechal Thaumaturgo

  • Pessoas desabrigadas: 192
  • Pessoas desalojadas: 2.110
  • Nº de bairros atingidos: 3
  • Comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas atingidas: 119
  • Abrigos: 5

Manoel Urbano

  • Pessoas desabrigadas: 696
  • Pessoas desalojadas: 236
  • Nº de bairros atingidos: 2
  • Igarapés: 1
  • Abrigos: 4

Porto Walter

  • Pessoas desabrigadas: 155
  • Pessoas desalojadas: 920
  • Nº de bairros atingidos: 5
  • Abrigos: 8

A segurança e assistência às comunidades afetadas são prioridades. Os contatos diretos com as autoridades estaduais estão disponíveis através dos números 190 (Polícia Militar) e 193 (Corpo de Bombeiros), gerenciados pelo Centro Integrado de Comando e Controle Estadual (CICCE). A Energisa orienta sobre precauções com a rede elétrica e oferece canais de atendimento para relatar problemas ou solicitar desligamentos de segurança.

A situação permanece dinâmica e sujeita a alterações. Os esforços de resposta continuam sendo coordenados para garantir o apoio necessário às comunidades afetadas pelas enchentes.

Via Agência Brasil.