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Datafolha: Aumenta o número de brasileiros contrários à descriminalização da maconha e do aborto

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Datafolha neste sábado (23), houve um aumento no percentual de brasileiros que se declaram contra a descriminalização do porte de maconha, assim como do aborto. Os resultados da pesquisa são os seguintes:

Descriminalização da maconha:

  • 67% dos entrevistados são contra a descriminalização, em comparação com 61% na pesquisa anterior;
  • 31% se mostraram favoráveis, enquanto eram 36% na pesquisa passada;
  • 2% dos entrevistados não souberam responder ou preferiram não opinar, em comparação com 3% anteriormente.

A pesquisa foi realizada com 2.002 pessoas maiores de 16 anos, nos dias 19 e 20 de março, em 147 municípios do Brasil, com uma margem de erro de dois pontos percentuais.

Em relação ao perfil dos entrevistados:

  • A oposição à descriminalização da maconha aumentou principalmente entre jovens de 16 a 24 anos, passando de 46% para 55% de opiniões contrárias;
  • Na faixa etária de 25 a 34 anos, a oposição também cresceu, de 56% para 65%;
  • Entre os brasileiros com maior nível de escolaridade, 68% são contra a descriminalização;
  • Na faixa de renda familiar de dois a cinco salários mínimos, a rejeição à liberação da posse de maconha atingiu 71%.

Julgamento no STF: O julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas para consumo próprio no STF apresentou um placar de 5 votos a favor e 3 contra a descriminalização, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli, sem data definida para retomada.

Descriminalização do aborto:

  • 42% dos entrevistados afirmaram que a legislação deve permanecer como está, em comparação com 39% em 2022 e 34% em 2018;
  • 35% são a favor da proibição total do aborto em qualquer situação, contra 32% em 2022 e 41% em 2018;
  • 15% acreditam que o aborto deve ser permitido em mais situações, enquanto 6% defendem a permissão em qualquer circunstância;
  • O apoio à descriminalização do aborto cresceu, com 42% favoráveis em 2024, em comparação com 33% em 2018.

Em relação ao posicionamento sobre punições para mulheres que interrompem gestações:

  • 52% dos entrevistados acreditam que elas devem ser processadas e presas, contra 58% em 2018;
  • 44% dos entrevistados não acreditam que as mulheres devam ser presas por fazerem um aborto.

Via G1.