Embora métodos diagnósticos possam prevenir, o câncer de intestino figura entre as principais causas de mortalidade por câncer no Brasil. De acordo com pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença projeta o maior aumento em todas as regiões do país até 2025, afetando mais de 136 mil brasileiros.
O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, engloba tumores malignos no cólon e no reto, partes finais do intestino. Geralmente, inicia-se com pequenas lesões na parede interna do órgão. O cirurgião oncológico Marciano Anghinoni destaca a relação do estilo de vida com a doença: hábitos alimentares inadequados, consumo excessivo de carnes vermelhas processadas, sedentarismo e obesidade são fatores contribuintes.
O risco estimado é de 21,10 casos por 100 mil habitantes, resultando em 20.245 mortes em 2020, de acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do DATASUS. O câncer de intestino tende a se desenvolver com a idade, mas há um aumento de incidência em pacientes mais jovens, relacionado ao estilo de vida.
Os sintomas incluem alterações no hábito intestinal, dor abdominal, sangramento nas fezes e anemia. No entanto, esses sinais podem ser confundidos com outras condições, levando à subvalorização dos sintomas.
O câncer de intestino é tratável e, quando detectado precocemente, geralmente curável. A colonoscopia desempenha um papel crucial na prevenção, permitindo a detecção precoce e a remoção de pólipos, lesões precursoras do câncer. Recomenda-se a realização deste exame a partir dos 45 anos.
O tratamento geralmente envolve cirurgia, podendo ser complementado com quimioterapia ou radioterapia, dependendo do estágio da doença. O diagnóstico precoce é fundamental para melhores prognósticos.
É crucial conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de intestino. Como destaca a médica Patrícia Schorn, “quanto mais precoce fizermos o diagnóstico, maior é a nossa chance de cura”.
Via Brasil61.