O pecuarista Sidney Zamorra é acusado de contratar policiais militares “milicianos” do Acre para intimidar e agredir posseiros em terras que ele reivindica, no Sul do Amazonas. Um líder comunitário local faz um alerta gravíssimo sobre a pistolagem premeditada na região, citando Zamorra, dono da Fazenda Palotina, como responsável por um homicídio tentado ocorrido nesta quinta-feira contra um trabalhador da região. Imagens fortes revelam o estado crítico em que o homem ficou após receber a visita de militares (que seriam do BOPE). A vítima foi socorrida com golpes de terçado e levado por vizinhos aso hospital. Na gravação, o líder da comunidade mostra três cruzes fincadas no solo, sinalizando o que seria a sepultura de pessoas que resistem ficar nas terras (veja acima).
Na gravação mais abaixo, as imagens exclusivas do resgate da vítima.
A professora Rosana Nascimento, que representa a Central Única dos Trabalhadores (CUT), disse há pouco que o Incra está arrecadando as terras em questão após pressões de ONG´s e da própria CUT.
“Acontece que o Zamorra tenta, na marra, se apossar se 42 mil hectares, muito além do que seria seu por direito, usando os serviços de militares para conseguir seus objetivos. Há ocorrências diversas de ameaças, intimidação, agressões aos posseiros, inclusive contra o líder comunitário local. Isso é um absurdo. Temos que parar esse homem. Ele responde a vários processos e já foi multado várias vezes por desmatar na região”, pontuou a sindicalista.
Vídeos divulgados pela Revista Cenariun Amazônia, de Manaus (AM), em dezembro do ano passado, mostram os ocupantes discutindo com os fazendeiros e afirmando que as terras pertencem à União, por Zamorra.
“O Sr. Sidnei S. Zamora, proprietário da Fazenda Palotina, adquiriu o imóvel em 1985, mediante análise da documentação e por escritura pública, pagando ao antigo proprietário o valor integralmente. Desde 1985, o proprietário exerce a posse mansa, pacífica e legítima do imóvel, exercendo atividade pecuária”, destacou um advogado do pecuarista à época.
O Ministério Público não se pronunciou ainda.
A reportagem aguarda um posicionamento do Comando da Polícia Militar do Acre.