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PF prende três acusados de mandar matar Marielle Franco

A Polícia Federal prendeu, neste domingo (24), três acusados de encomendar o assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL, e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. São eles os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa.

Chiquinho é deputado federal pelo União Brasil. Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Já Rivaldo era chefe da Polícia Civil quando ocorreu o atentado.

Existem ainda 12 mandados de busca e apreensão, todos na cidade do Rio de Janeiro. As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A Operação Murder Inc apura ainda os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.

A ação conta com a participação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Ministério Público do Rio de Janeiro, além do Ministério da Justiça e a Secretaria de Polícia Civil do Rio.

Nas redes sociais, a irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, agradeceu o empenho da PF, governo federal, Ministério Público e ministro do STF Alexandre de Moraes. “Estamos mais perto da Justiça”, fala Anielle. “Só Deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê?”, finaliza ela.

Também nas redes sociais, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, destacou que “o Governo Federal seguirá cumprindo o seu papel para combater essas quadrilhas violentas que cometem graves crimes contra as famílias brasileiras”.

Marielle e Anderson foram assassinados há 6 anos. O carro em que estavam foi metralhado. Um dos apontados como um dos executores dos crimes, o ex-policial militar Ronie Lessa, já estava preso desde 2019 e fez acordo de delação premiada.

O conselheiro do TCE Domingos Brazão disse, em entrevista ao UOL em janeiro deste ano, que não conhecia e não lembrava da vereadora Marielle Franco.

Já o deputado federal Chiquinho Brazão havia divulgado nota no dia 20 de março, depois que a acusação de ser o mandante vazou na imprensa. A nota diz que ele estava “surpreendido pelas especulações” e afirmou que o convívio com Marielle sempre foi “amistoso e cordial”.

A Agência Brasil tenta contato com as defesas dos acusados.