REGIÃO

Roraima registra 45% do total de focos de queimadas do país em fevereiro, revela Inpe

Governo do estado decretou situação de emergência em nove municípios de Roraima devido aos efeitos da estiagem na região Jader Souza/AL Roraima

Em fevereiro deste ano, o estado de Roraima enfrentou uma grave situação com o registro de 2.057 focos de queimadas, conforme dados do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse número representa impressionantes 45% de todos os focos detectados em todo o país durante o mesmo período, totalizando 4.568.

Desde o início do ano, Roraima já contabiliza 2.661 focos de queimadas, superando inclusive o total registrado ao longo de todo o ano de 2023, que foi de 2.659 focos. Em comparação com fevereiro do ano passado, quando foram identificados apenas 168 focos, a situação atual é alarmante.

A estiagem severa, agravada pela influência do fenômeno El Niño, tem afetado o estado de Roraima. Como resultado, o governo estadual decretou situação de emergência em nove municípios: Amajari, Alto Alegre, Cantá, Caracaraí, Iracema, Mucajaí, Pacaraima, Normandia e Uiramutã.

Os municípios mais atingidos pelos focos de queimadas em fevereiro foram Mucajaí (401), Caracaraí (335), Amajari (235) e Rorainópolis (218).

Além disso, a situação de estiagem afetou o abastecimento de água potável, com redução de 20% na produção de água nos poços artesianos. O governo estadual implementou pontos de coleta de água gratuita em sedes municipais e disponibilizou abastecimento na matriz da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer).

O Corpo de Bombeiros de Roraima alerta para a prática local de queimadas para “limpeza” da terra, destacando que isso agrava a situação, podendo levar a incêndios descontrolados.

Diante desse cenário preocupante, o governo estadual convocou os prefeitos de todos os municípios para elaborar um planejamento conjunto de enfrentamento às queimadas e solicitou reforço do governo federal para atuar de forma integrada e eficaz diante dessa situação crítica.

Via CNN Brasil.