Um bilionário alemão que foi oficialmente declarado morto em 2021, três anos depois de desaparecer nos Alpes Suíços, pode ter forjado a própria morte para viver com a sua amante na Rússia, revela o site da Newsweek.
Karl-Erivan Haub, um alemão com cidadania americana, tinha 58 anos na época de seu desaparecimento e era ex-diretor administrativo de uma gigante varejista na Alemanha. Segundo a Newsweek, ele foi visto pela última vez na manhã de 7 de abril de 2018, subindo um teleférico, e foi dado como desaparecido na manhã seguinte, depois de não retornar ao seu hotel em um resort suíço.
A busca pelo empresário foi oficialmente suspensa em outubro de 2018. Três anos depois, em maio de 2021, Karl-Erivan Haub foi formalmente declarado morto por um tribunal da Alemanha. As evidências para a decisão foram apresentadas por sua esposa, irmãos e pela empresa onde ele era CEO.
No entanto, uma equipe de jornalistas que investigava o desaparecimento de Karl-Erivan Haub teria apresentado uma queixa criminal em 2023, alegando que o bilionário pode ter forjado a sua própria morte.
Os jornalistas afirma que os eventos podem estar ligados a uma jovem russa que trabalhava para uma agência de eventos, e com quem Karl-Erivan Haub mantinha um relacionamento secreto.
“Há fortes indícios de que ele pode ter causado o seu desaparecimento intencionalmente” e “pelo menos algumas partes da sua família estavam ciente disso”, disse uma jornalista investigativa que faz parte da equipe.
Ela disse que sua equipe havia “processado jornalisticamente os resultados de pesquisas durante um período de três anos” e espera que o promotor público inicie uma investigação oficial “com base no que consideramos evidências contundentes”.
“Também informamos o Tribunal Distrital de Colônia, em 2021, sobre nossas fortes dúvidas sobre a morte do Sr. Haub”, revele a fonte. A equipe de jornalistas teria tido acesso a fotos que pareciam mostrar Haub em Moscou em fevereiro de 2021.
Os jornalistas acreditam que a motivação do empresário para partir para a Rússia “reside nas suas ligações comerciais” com o país. “A nossa suspeita é que as negociações com a Rússia ou com parceiros comerciais russos poderiam ter colocado Karl-Erivan em apuros no Ocidente”, disse outra jornalista da equipe investigativa.
O Ministério Público alemão destaca que ainda não existem provas suficientes de que Karl-Erivan Haub esteja realmente vivo e que, neste momento, não há razão para solicitar a anulação de sua certidão de óbito.
Via Época NEGÓCIOS