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Estudo do Instituto Semesp mostra que Inteligência Artificial pode ser ferramenta eficaz de ensino

Uma pesquisa inédita divulgada pelo Instituto Semesp revela que três em cada quatro professores concordam com o uso da tecnologia e inteligência artificial como ferramenta de ensino. O estudo, intitulado “Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil”, foi realizado entre 18 e 31 de março de 2024, com 444 docentes de redes pública e privada, abrangendo desde o ensino infantil até o médio em todas as regiões do país.

De acordo com a pesquisa, 74,8% dos entrevistados estão parcial ou totalmente de acordo com o uso da tecnologia e inteligência artificial no ensino. No entanto, apenas 39,2% dos professores afirmaram utilizar sempre a tecnologia como ferramenta de ensino.

Apesar do reconhecimento da importância dessas ferramentas, os professores destacam problemas estruturais e pedagógicos que dificultam o uso da tecnologia nas escolas. Questões como a falta de internet, a falta de formação adequada dos professores para o uso dessas ferramentas e o uso excessivo de tecnologia pelos alunos foram apontadas como desafios.

“A escola não consegue acompanhar o uso das novas tecnologias na velocidade que os estudantes conseguem, o que gera descompasso entre a aula ministrada e a aula que os estudantes querem. O uso desenfreado de redes sociais e a alta exposição dos jovens estão prejudicando o contato do professor com o aluno”, relata um dos docentes participantes do estudo.

A pesquisa também faz parte da 14ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, que aborda temas relacionados aos cursos de licenciatura e às perspectivas da área educacional no país. O estudo revelou que a área de computação e tecnologias da informação é a mais desejada entre os jovens no ensino superior, destacando o interesse crescente nesse campo de conhecimento.

Para aproximar os estudantes do ensino superior e reduzir a evasão escolar, o Instituto Semesp propõe iniciativas como o programa Pé-de-Meia, que visa estimular estudantes de baixa renda a continuarem os estudos. Essas medidas visam não apenas fortalecer o uso da tecnologia na educação, mas também garantir o acesso igualitário e eficaz ao conhecimento.

Via Agência Brasil.