Josenildo da Silva Marreira, aos 11 anos de idade, saiu de casa para vender quibe de arroz na rodoviária de Rio Branco, capital do Acre, em 1987. A tragédia se abateu sobre sua família quando seu pai, Francisco, um policial militar, foi assassinado em 1983 durante uma briga de bar. Josenildo, em busca de justiça pelo assassinato do pai, foi abordado por uma mulher desconhecida na rodoviária, levando-o a embarcar em um ônibus que o levou a Porto Velho, Rondônia, e, posteriormente, a uma família em Florianópolis, Santa Catarina, onde foi adotado e passou a se chamar Francisco Araújo Tigre.
Anos de peregrinação e desafios se seguiram para Josenildo, agora conhecido como Francisco, que lutou para se adaptar à nova realidade e para reencontrar sua família biológica. Enquanto isso, sua mãe biológica, Iraci Feitosa da Silva, não desistiu de procurá-lo, registrando seu desaparecimento e mantendo viva a esperança.
Depois de décadas de incertezas, Josenildo decidiu iniciar uma busca intensiva por sua família biológica. Com uma mistura de esperança e medo, ele revisitou lugares de sua infância em Rio Branco, até que o destino o levou à porta de sua tia materna, Clarice Feitosa da Silva, que, após uma série de questionamentos e dúvidas, percebeu que estava diante do sobrinho desaparecido.
O reencontro entre Josenildo e Iraci foi marcado por emoção e alívio, confirmado posteriormente por um exame de DNA. Agora, Francisco Josenildo da Silva Marreira Tigre, como é conhecido oficialmente, passa seus dias ao lado da mãe biológica, abraçando a oportunidade de um novo capítulo em sua jornada, mantendo vivo o legado de sua busca incansável por identidade e pertencimento.
Via Globo.com