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Jovem que morreu em cerca elétrica: empresário conhecia riscos, diz testemunha

Um trágico acidente ocorreu no bairro João Alves, em Cruzeiro do Sul, no domingo, dia 5. Uanderson Oliveira da Silva, de apenas 16 anos, perdeu a vida após ser eletrocutado ao tocar na cerca de uma casa enquanto tentava pegar um cacau. Infelizmente, Uanderson não foi o primeiro a sofrer um choque no local.

Vanuzia Paula, uma moradora do bairro, relatou que ela e seu marido já resgataram uma criança de 12 anos da mesma cerca. Eles haviam alertado o proprietário do terreno sobre o perigo e solicitado que ao menos as fruteiras fossem cortadas, pois chamavam a atenção das crianças da região. Vanuzia destacou a falta de segurança na cerca, ressaltando que o dono do terreno estava ciente do risco, mas não tomou medidas para proteger as crianças.

O jovem Uanderson havia se mudado para Cruzeiro do Sul no dia anterior à sua trágica morte, vindo da zona rural do município de Rodrigues Alves, onde morava com o avô. Infelizmente, por não saber ler, ele não compreendeu a placa de advertência sobre a cerca elétrica.

As autoridades policiais estão investigando o caso, e o empresário José Edmilson da Cunha, dono do terreno onde ocorreu o acidente, será ouvido nas investigações. O delegado Heverton Carvalho, responsável pelo inquérito, aguarda o laudo da perícia para entender melhor a situação da cerca eletrificada e tomar as medidas necessárias.

O Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul identificou várias irregularidades na instalação da cerca, incluindo a falta de dispositivos de segurança adequados, a altura incorreta e a ausência de sinais de advertência. A legislação estadual estabelece critérios específicos para cercas elétricas, como a voltagem máxima de 10.000 volts em corrente contínua e a altura mínima de 2,5 metros do chão. A cerca onde ocorreu o acidente não atendia a essas diretrizes e apresentava semelhanças com as cercas utilizadas em áreas rurais, com fios de arame liso e estacas de concreto.

A investigação continua para esclarecer os fatos e garantir a responsabilização adequada, visando evitar tragédias como essa no futuro.

Com informações da Contilnet.