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Motorista de Porsche que causou acidente com morte é transferido para P2 de Tremembé, SP

O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho foi transferido na madrugada deste sábado (11) para Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo. O local é conhecido por abrigar presos em casos de grande repercussão, como o ex-jogador Robinho.

g1 apurou que Fernando, motorista do Porsche acusado de provocar um acidente que matou um homem e feriu seu amigo a mais de 100 Km/h, deu entrada na penitenciária do interior de São Paulo às 0h45. A informação foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

Em procedimento padrão da unidade prisional, Fernando ficará isolado dos outros presos. Ele já foi colocado sozinho em uma cela de cerca de oito metros quadrados, onde passará o período de inclusão. Somente depois de dez dias deve ter contato com os outros detentos da unidade.

A transferência de Sastre, que estava no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos 2 desde terça-feira, na Grande São Paulo, já havia sido autorizada durante a semana pela Justiça.

Na terça-feira (7) o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o habeas corpus para Fernando feito pela defesa dele. Mas, apesar de ter negado o pedido de liberdade para o empresário, concordou que ele vá para um presídio mais seguro.

No caso, os advogados do motorista sugeriram a Penitenciária 2 (P2) de Tremembé. Segundo o advogado Elizeu Soares de Camargo Neto, seu cliente já recebeu “ameaças” externas durante a investigação policial.

g1 acionou a defesa de Fernando Sastre de Andrade Filho, que apontou que a transferência é apenas o cumprimento da determinação do Superior Tribunal de Justiça, que acolheu pleito dos advogados que representam o empresário.

O empresário Fernando Sastre, que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, durante acidente de trânsito na Avenida Salim Farah Maluf, na Zona Leste de SP. — Foto: Montagem/g1/Reprodução

No CDP De Guarulhos, Fernando foi fotografado e fichado (veja foto acima no começo da reportagem). Ele disse ter o nível superior incompleto, ter união estável e ser espírita.

O empresário havia sido preso na segunda-feira (6) ao se entregar à polícia após a decretação da prisão dele pela Justiça. Antes ficou três dias foragido sendo procurado.

Ele é réu no processo no qual é acusado pelos crimes de homicídio por dolo eventual (por ter assumido o risco de matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana) e lesão corporal gravíssima (feriu o amigo Marcus Vinicius Machado Rocha).

Fernando estava a 114,8 km/h quando bateu na traseira do Renault Sandero de Ornaldo, segundo laudo pericial da Polícia Técnico-Científica. Marcus ocupava o banco do passageiro do carro de luxo. O limite de velocidade para a via é de 50 km/h. O acidente ocorreu no dia 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé. Câmeras de segurança gravaram a batida (veja nesta reportagem).

Em seu interrogatório, o motorista do Porsche negou ter bebido. A Polícia Militar (PM), que atendeu a ocorrência liberou Fernando sem fazer o teste do bafômetro nele. A Corregedoria da PM apura a conduta dos agentes que erraram na abordagem.

Se Fernando for condenado, a pena dele poderá chegar a mais de 20 anos de prisão.

Com informação G1