A greve no IFAC, que já se estende por quase dois meses, trouxe à tona diversas questões importantes para a comunidade acadêmica. Silvano, com sua experiência de 21 anos em sala de aula, compartilha uma perspectiva única, tanto como educador quanto como pai, oferecendo um testemunho comovente sobre a atual situação.
Silvano começa sua declaração enfatizando seu apoio incondicional ao sindicato e aos profissionais do IFAC. “Compactuo com os anseios e lutas em busca de dias melhores”, afirma ele, lembrando suas próprias experiências de luta por salários e condições de trabalho mais dignos. Silvano destaca a união e a perseverança dos professores, mesmo quando enfrentam críticas injustas e perseguições. “Já fomos chamados de vagabundos por pessoas que não conhecem a realidade em ser professor”, desabafa.
Contudo, Silvano expressa uma profunda preocupação com a duração da greve e seu impacto nos alunos, especialmente aqueles que estão no último ano e se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). “Mesmo repondo as aulas, não haverá tempo suficiente para assimilar os conteúdos”, alerta ele. Para Silvano, o prolongamento da paralisação pode causar prejuízos irreparáveis ao aprendizado dos estudantes.
Diante desse cenário, Silvano faz um apelo aos colegas de profissão, pedindo maior sensibilidade quanto aos resultados finais. Ele entende a importância da luta por melhores condições de trabalho, mas também reconhece a necessidade de equilibrar essas reivindicações com o bem-estar educacional dos alunos. “Venho encarecidamente pedir maior sensibilidade aos colegas de profissão no que tange aos resultados finais”, solicita Silvano.
A narrativa de Silvano reflete o dilema enfrentado por muitos educadores que também são pais: o desejo de lutar por melhorias na profissão sem comprometer o futuro acadêmico dos filhos. Seu relato destaca a complexidade e a profundidade das questões envolvidas na greve do IFAC, convidando todos os envolvidos a buscar soluções que considerem tanto os direitos dos professores quanto as necessidades dos estudantes.
Em meio a esse período desafiador, a voz de Silvano ressoa como um chamado à empatia e ao diálogo, reforçando a importância de encontrar um equilíbrio que beneficie toda a comunidade acadêmica.