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Governo do Acre investiga suposto envolvimento de policiais penais em plano de rebelião

O governo do Acre anunciou a abertura de uma investigação para apurar o suposto envolvimento de policiais penais em um plano de rebelião ocorrido no sistema prisional do estado em julho de 2023. Documentos recentemente divulgados indicam que esses policiais teriam recebido suborno para facilitar a fuga de presos durante a rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco.

A morte de um detento, Oceu Rocha Martins, de 41 anos, em 29 de maio, trouxe à tona informações alarmantes. Inicialmente considerada como causas naturais, a morte de Martins foi posteriormente identificada como uma queima de arquivo, já que ele era uma testemunha chave que poderia fornecer informações sobre a rebelião ocorrida no ano passado, na qual cinco membros da organização criminosa Bonde dos 13 foram mortos.

Antes da rebelião, Martins teria alertado as autoridades sobre tentativas de fuga e detalhado os planos de ação da facção criminosa Comando Vermelho. Documentos revelam que a inteligência da Polícia Militar do Acre em Cruzeiro do Sul havia antecipado a rebelião, fornecendo informações sobre os preparativos dos presos, incluindo o financiamento do plano de fuga com mais de R$ 300 mil provenientes de atividades criminosas na região.

O Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) emitiu uma nota pública em resposta às acusações, ressaltando que está colaborando com as investigações e que não tolerará a participação de seus funcionários em atos criminosos. O presidente interino do Iapen, Delegado de Polícia Civil Marcos Frank Costa, reiterou o compromisso com a busca pela verdade e a justiça.

Os eventos que culminaram na rebelião no Presídio Antônio Amaro destacam a complexidade e as falhas do sistema prisional, ressaltando a urgência de aprimoramentos e mudanças para evitar futuros motins e tentativas de fuga.

 NOTA PÚBLICA

O governo do Estado do Acre, por meio do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), informa que está em andamento uma rigorosa investigação sobre o suposto envolvimento de policiais penais em um plano de rebelião no sistema prisional em julho de 2023.

Diante da publicação de informações na imprensa local nesta quarta-feira, 5, ressalta que compete às autoridades responsáveis pelo caso apurar e identificar eventuais culpados.

Informa, ainda, que a presidência do Iapen não será conivente ou complacente com eventuais participações de policiais penais em atos criminosos e já se colocou à disposição das investigações para esclarecer todos os fatos pertinentes ao caso.

Reiteramos nosso compromisso com a sociedade na busca pela verdade, priorizando a clareza e a justiça.

Delegado de Polícia Civil Marcos Frank Costa
Presidente interino do Iapen