Débora Lima Oliveira, de 23 anos, natural de Rio Branco, Acre, foi convocada para participar dos Jogos Paralímpicos de Paris, que acontecerão entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro. A jovem paratleta se mudou para São Paulo há pouco mais de dois anos em busca de oportunidades para se desenvolver no esporte.
Competindo na classe T20 (deficiência intelectual), Débora integra atualmente o Instituto Elisângela Maria Adriano (Iema), em São Caetano do Sul (SP). Apesar das dificuldades financeiras e da falta de patrocínio, Débora nunca desistiu de seu sonho.
“Eu vim morar em São Paulo em janeiro de 2022. Vim em busca de oportunidade, saí de casa com uma mala e dentro dela tinha um sonho muito grande. No início não foi nada fácil, mas superei os obstáculos”, disse Débora em entrevista exclusiva ao ge.
Quando deixou Rio Branco, Débora contava apenas com a bolsa-atleta do Governo Federal, no valor de R$ 925. “O início foi o mais difícil porque minha renda era só a bolsa-atleta. Dividia apartamento com outras atletas. Esse valor não era suficiente para me manter e minha mãe sempre tinha que me ajudar, mesmo ela não tendo muito também”, destaca Débora.
Sua mãe, Alciana Batista, que reside em Rio Branco, foi seu maior apoio durante esse período desafiador. “Minha mãe é o maior motivo de eu lutar com toda minha força, ela é minha fonte de inspiração, a mulher mais guerreira que conheço”, afirma Débora.
Débora tem orgulho de suas origens e sempre leva a bandeira do Acre – verde e amarelo com a estrela vermelha altaneira – para as competições. “Estou muito feliz. Minha expectativa é melhorar minha marca e brigar pela medalha”, projeta Débora sobre sua primeira participação nas Paralimpíadas.
Iniciando sua carreira na natação, Débora logo migrou para o atletismo, onde está há mais de uma década. Ela começou na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e depois passou para a Associação Paradesportiva Acreana (Apa).