ETA II rompe em Rio Branco nesta quarta-feira (24) — Foto: Vitória Guimarães/Rede Amazônica
A Estação de Tratamento de Água II (ETA II), localizada na Avenida Sobral, em Rio Branco, que desabou na manhã desta quarta-feira (24), já está operando novamente desde a noite do mesmo dia.
Responsável pelo abastecimento de 60% da capital acreana, a unidade enfrentou um colapso estrutural após a enchente de 2024, que deixou o solo irregular e a estação em condições precárias. O diretor do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), Enoque Pereira, explicou que a situação se deteriorou rapidamente após a enchente, com o nível do Rio Acre subindo e baixando abruptamente. Desde março, a estrutura começou a apresentar sinais de deterioração. “A estrutura entrou em pré-colapso”, afirmou Pereira.
Embora a situação tenha sido controlada em menos de 12 horas, alguns bairros, especialmente os mais distantes, ainda enfrentarão atrasos no abastecimento. Pereira informou que o abastecimento em algumas áreas pode ser irregular, com intervalos de até três dias. “O importante é que a captação foi normalizada desde a noite de ontem”, ressaltou.
O diretor também anunciou que aguarda a liberação de um repasse federal solicitado pela Prefeitura de Rio Branco após a declaração de situação de emergência do município. “O prefeito decretou a situação de emergência e a União a reconheceu em 9 de maio. Para resolver a situação definitivamente, precisamos dos recursos de quase R$ 17 milhões. Foi garantido que os recursos serão apressados”, explicou Pereira.
Ele destacou que, assim que o recurso for liberado, serão tomadas medidas para resolver os problemas da ETA II. A Saerb já planejou a aquisição de bombas e cabos elétricos para melhorar a situação da estação. Pereira lamentou a condição atual da estrutura, mas garantiu que reparos foram feitos para estabilizar a estação.
O diretor fez um apelo aos moradores de Rio Branco para que economizem água enquanto o abastecimento não é totalmente restabelecido. “Pedimos que os usuários economizem água para que todos possam ter acesso. A intervenção feita foi paliativa, mas esperamos que a estrutura aguentará até que os recursos federais sejam liberados”, concluiu Pereira.