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Polícia Militar de Sena Madureira registra segundo caso de estupro vulnerável em julho

Na noite de ontem, dia 25, por volta das 22 horas, a Polícia Militar de Sena Madureira foi acionada para uma ocorrência grave no bairro Florentino Moreno. Uma testemunha, ao chegar ao local, encontrou o proprietário da residência em flagrante delito, possivelmente cometendo estupro de vulnerável contra uma criança de 10 anos. Imediatamente, a testemunha acionou a polícia.

A Polícia Militar, ao chegar ao local, deu voz de prisão ao suspeito e chamou o Conselho Tutelar para acompanhar a situação. A criança, acompanhada de sua mãe, e o acusado foram levados para a Delegacia de Polícia Civil para que fossem tomadas as devidas providências legais.

Este incidente é o segundo caso de possível estupro de vulnerável registrado no bairro Florentino Moreno apenas neste mês. Dada a gravidade dos crimes, é essencial esclarecer alguns pontos sobre o delito de estupro de vulnerável, conforme descrito no artigo 217-A do Código Penal.

O artigo define estupro de vulnerável como a conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso com um menor de 14 anos. A pena para este crime varia de 8 a 15 anos de reclusão. A vulnerabilidade é caracterizada quando a vítima é menor de 14 anos, está enferma, possui deficiência mental, ou é incapaz de oferecer resistência, como em casos de embriaguez ou deficiência física.

É importante destacar que o estupro de vulnerável é um crime de ação penal pública incondicionada. Isso significa que, uma vez que a autoridade policial toma ciência do fato, o inquérito deve ser instaurado independentemente da vontade da vítima ou de seus responsáveis. Além disso, conforme entendimento do STF, o consentimento da vítima menor de 14 anos é irrelevante para caracterização do crime, assim como a experiência sexual anterior da vítima não afasta a tipificação do delito.

Caso alguém suspeite que uma criança possa estar sofrendo abuso sexual, é fundamental denunciar imediatamente. A denúncia pode ser feita por meio da Polícia Militar, ligando para o 190, acionando o Conselho Tutelar, ou diretamente na Delegacia de Polícia Civil.

Essas informações foram fornecidas pelo 8º Batalhão da Polícia Militar, que reforça a importância da vigilância e da denúncia para combater crimes dessa natureza.