A construção do novo porto de Sena Madureira, um projeto vital para a comunidade ribeirinha, enfrenta um impasse administrativo após a Prefeitura negar a licença de anuência necessária para o início das obras, financiadas por uma emenda parlamentar de dois milhões de reais. O deputado federal Gerlen Diniz criticou duramente o prefeito Mazinho Serafim, afirmando que ele “não é o dono da cidade”.
Em um pronunciamento, Diniz expressou sua indignação com a atitude da Prefeitura. “Hoje, o chefe do Deracre em Sena Madureira foi entregar o ofício na Prefeitura, mas se recusaram a receber. Enviamos o ofício por e-mail, e se em cinco dias a Prefeitura não autorizar, o Deracre entrará com um mandado de segurança. Prefeito, o senhor não é o dono da cidade. Essas obras vão acontecer, quer o senhor queira, quer não. A cidade de Sena Madureira pertence ao povo,” declarou o deputado.
A postura da Prefeitura não apenas cria um obstáculo para o início das obras, mas também revela uma falta de consideração pelos moradores, especialmente os ribeirinhos que dependem diretamente dessa infraestrutura. O novo porto traria melhorias significativas no transporte e na qualidade de vida da população local, facilitando o escoamento de produtos e o acesso a serviços.
A situação é agravada pelo histórico de obras mal executadas na região. No passado, a Prefeitura construiu uma rampa que custou quase 500 mil reais, mas que desapareceu na primeira cheia. Este caso está atualmente sob investigação do Ministério Público Federal (MPF), levantando questões sobre a gestão dos recursos públicos e a eficácia das obras realizadas pela administração municipal.
Gerlen Diniz, ao destacar esses problemas, reforça a importância de garantir que as obras públicas sejam executadas de maneira transparente e eficiente, visando sempre o bem-estar da população. “Estamos com três milhões de reais na conta, prontos para executar um milhão para pavimentação e mais de dois milhões para o porto em Sena Madureira. Essas obras são essenciais para o desenvolvimento do município,” afirmou o deputado.
A recusa da Prefeitura em conceder a anuência não apenas atrasa o desenvolvimento da infraestrutura, mas também impede que os recursos destinados a melhorar a vida dos cidadãos sejam utilizados de forma eficaz. É essencial que a administração municipal priorize o bem-estar da população acima de quaisquer interesses políticos.