POLITICA

Venezuelanos votam para escolher novo presidente neste domingo

Hoje, cerca de 21 milhões de venezuelanos irão às urnas para eleger o próximo presidente que governará o país entre 2025 e 2031. Nicolás Maduro, atual presidente no poder desde 2013, enfrenta nove concorrentes nesta eleição.

Esta é a primeira eleição desde 2015 em que toda a oposição decidiu participar. Desde 2017, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais.

As pesquisas eleitorais na Venezuela apresentam resultados divergentes. Algumas indicam uma vitória com ampla margem para o principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, enquanto outras sugerem que Nicolás Maduro vencerá com uma margem confortável.

Bloqueio e crise econômica

A Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial desde 2017, imposto por potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia, que não reconhecem a legitimidade do governo Maduro.

O país passou por uma grave crise econômica, com hiperinflação e perda de cerca de 75% do PIB, resultando na migração de mais de 7 milhões de pessoas. Desde meados de 2021, a Venezuela tem mostrado sinais de recuperação econômica. A hiperinflação foi controlada e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, embora os salários permaneçam baixos e os serviços públicos deteriorados.

Desde 2022, o embargo econômico foi parcialmente flexibilizado e um acordo entre oposição e governo foi firmado para as eleições deste ano. No entanto, denúncias de prisões de opositores nos últimos dias e a recusa de alguns candidatos da oposição, incluindo o favorito Edmundo González, em assinar um acordo para respeitar o resultado eleitoral, lançam dúvidas sobre o período pós-eleição.

Domingo de eleições

Mais cedo, o presidente Nicolás Maduro votou em Caracas, a capital venezuelana. “Reconheço o árbitro eleitoral. E tudo o que o árbitro eleitoral disser será reconhecido. Não apenas reconhecido, mas defendido”, afirmou aos jornalistas antes de deixar o local de votação.